GOVERNO E O CONGRESSO

A reforma da previdência, objetivo central do governo no momento, está bastante amplo confirmando as expectativas do que poderá reduzir de custos e ajuste das contas públicas. Está previsto a economia de R$ 1 trilhão em dez anos.

Mas novamente, a pauta política se coloca na rota das decisões econômicas. Esse fato necessariamente não é uma questão negativa, visto que se trata de uma atribuição do congresso a aprovação das leis. O que pode prejudicar é a forma com que o Governo Federal está se comunicando com o congresso.

Apesar de não citar nominalmente o presidente Bolsonaro, o Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso enviou um recado claro a respeito do clima atual entre o palácio do planalto e o legislativo: “Paradoxo brasileiro: os partidos são fracos, o Congresso é forte. Presidente que não entendo isso não governa e pode cair; maltratar quem preside a Câmara é caminho para o desastre” escreveu FHC em seu Twitter.

Tendo a concordar com a afirmação de FHC,Apesar de não acreditar que exista uma crise na proporção que é noticiada.O governo Dilma é um exemplo recente de quais são as consequências de não se dialogar com o congresso, e não digo somente pela conclusão desastrosa do Impeachment, o segundo mandato de Dilma, ou o que durou dele foi agonizante, sem pautas objetivas ou parcela de agenda positiva.

Atribuo os ruídos entre o governo e o congresso ao excessivo uso das mídias sociais sem uma coordenação profissional e comedida. Não podemos negar que estas mesmas redes sociais são responsáveis pela chegada do Presidente ao poder, mas campanha e governo são esferas bem diferentes.

A cada postagem despropositadas em suas redes sociais, o presidente insere desnecessariamente mais uma pedra em sua relação tanto com a opinião pública quanto com a classe política. Só depende do governo implantar uma agenda positiva, que  contamine a mídia tradicional e jogue a favor das votações que estão por vir.