Especialista dá dicas para recuperações de fim de ano

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O final do ano chegou e para muitas mães, a grande preocupação é saber se os filhos passarão sem recuperações para a próxima série. Mas, e quando isso não acontece? O momento de férias fica para depois e então começa a preocupação com as recuperações.

O Neuropediatra, Luís Henrique Aquino, e também membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil

“Os números variam com uma série de fatores, mas estima-se que 5 a 15% dos alunos terão alguma dificuldade escolar consistente, isso sem falar no enorme grupo de crianças que ficam em recuperações pontuais ou em um determinado momento da vida. Quando a escola comunica à família a existência de alguma dificuldade acadêmica, a primeira sensação é de tristeza e impotência”, afirma o Neuropediatra.

A recuperação escolar pode ser um fato isolado e único, mas, sendo recorrente é importante que os pais acompanhem e busquem entender a raiz dessa dificuldade.

“O primeiro passo é definir se realmente a criança está indo mal na escola, importante lembrar das variações entre as pessoas, enquanto um tira nota dez, o outro tira nota sete, e as duas são normais. Inclusive, eventualmente tirar nota abaixo da média também é normal. Mas, nas crianças em que a dificuldade são relevantes e persistentes o passo mais importante é tentar identificar a falha no processo e o motivo de tal dificuldade”, indica Luís.

Dicas para bom desempenho

Rotina é necessário e fundamental para o dia-a-dia de uma criança. Nos estudos não seria diferente. Esta é a principal dica do Neuropediatra, Luís Henrique.

“A peça chave é estabelecer rotina, falo sempre que este é o passo mais difícil, porém fundamental para melhora do desempenho. Marque horário para estudar, nunca deixe ‘a vontade chegar’, evite horários de conflito com atividades que disputem atenção do seu filho, deixem um tempo livre para depois do estudo que a criança possa preencher de forma que ele possa achar melhor com tv, futebol ou simplesmente fazer nada”, aconselha.

A escola exerce grande influência na vida do aluno, a culpa das notas baixas e recuperações não é somente da criança.

“Uma das primeiras perguntas que deve ser feita é se a escola é adequada para determinada criança. Não existe escola perfeita, existe a melhor escola para determinada pessoa. Cada vez mais esse assunto vem a tona e nossos profissionais da educação estão mais preparados para identificar de forma precoce as dificuldades e percebendo a importância da individualidade e de identificar qual o ponto específico de cada aluno”, pontua.