O Grupo Folclórico Banzé será homenageado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no dia 22 deste mês, às 20h, pelos 50 anos da sua fundação, através de reunião especial requerida pelo deputado Gil Pereira (PP), no Plenário Juscelino Kubitschek, em Belo Horizonte.
Fundado em 20 de maio de 1968, o Grupo Folclórico Banzé é uma associação sem fins lucrativos, cuja atuação fundamenta-se na pesquisa, preservação e difusão das tradições culturais e folclóricas de diversas regiões do Brasil e, em especial, do Norte de Minas Gerais. “Síntese das nossas mais caras tradições culturais, no cinquentenário do Grupo Banzé rendemos justa homenagem de gratidão a Maria José Colares Moreira (Zezé Colares), artífice maior desse nosso patrimônio. Celebramos o espírito inovador da sua fundadora, professora de folclore e história da música. Saudamos, ainda, os ex e atuais integrantes do grupo, como a diretora Jacqueline Pimenta e o presidente do Grupo Banzé, Gustavo Colares, além de Marina Lorenzo Fernândez, Dalva Rocha, Terezinha Wanderley Alcântara e Selda Cabral”, disse o deputado Gil Pereira.
INOVAÇÃO
O movimento surgiu através do gesto inovador da professora de música Maria José Colares Moreira, que organizou com seus alunos do Conservatório Lorenzo Fernandez trabalho de pesquisa de danças e músicas folclóricas, transformando-as em espetáculos.
O empenho de seus integrantes e da preocupação em garantir a autenticidade das manifestações, os espetáculos foram ganhando, paulatinamente, ano após ano, repercussão e notoriedade nacional e internacional, o que levou o Grupo Banzé a ser representante brasileiro em festivais culturais por diversos países como: Polônia, Bélgica, França, Itália, Suíça, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Portugal, Holanda, Áustria, Argentina, Peru dentre outros.
O grupo tem o seu trabalho voltado para a pesquisa das manifestações de grupos folclóricos genuínos, adaptando determinados elementos do folclore autêntico para tornar as danças possíveis de serem apresentadas em palcos. Trabalha com a harmonização de melodias tradicionais e algumas modificações dos elementos das danças para adequá-las ao seu propósito.
Compositores e coreógrafos do grupo procuram manter na criação de novas danças o respeito aos elementos tradicionais do folclore autêntico. A sua intenção é sempre usar elementos do folclore ao levar em consideração critérios contemporâneos da expressão e da criação. Ao longo dos seus 50 anos de atuação, marcados pelo trabalho voluntário de seus dançarinos, diretores e músicos, o Banzé conservou a mesma filosofia, promovendo a integração artística do povo com o seu folclore e as suas raízes.
Junto com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Zezé Colares teve a iniciativa de criar o CTM/ Centro Tradições Mineiras – Museu do Folclore, que foi inaugurado em 12 de agosto de 1993, como uma extensão da Faculdade de Educação Artística e que abrigou durante anos todo o acervo histórico do grupo e a identidade das tradições do
Norte de Minas. O Banzé produziu e gravou dois LPs, e alguns anos mais tarde produziu um CD musical. A primeira obra, o disco “Grupo Folclórico Banzé”, foi lançada em 1977, no Conservatório Lorenzo Fernandez, reconhecido e homenageado por Carlos Drummond de Andrade em sua crônica “Dia de Ganhar Presente”.