Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados 60 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2018. Com foco na conscientização sobre a doença e sua detecção precoce, que aumenta em 95% as chances de cura, o Outubro Rosa segue sendo um movimento com força mundial, e a investigação do material genético pode ser forte aliada para evitar o desenvolvimento do tumor.
Fatores genéticos correspondem à 12% dos casos de câncer de mama e aumentam em 80% as chances do desenvolvimento deste tipo de câncer. O mapeamento genético pode ser importante aliado da prevenção e do tratamento em casos do tipo.
O mapa pode ser feito por qualquer pessoa por meio de uma coleta de sangue, saliva ou qualquer outro fluido que contenha material genético, entretanto, a análise se dá por meio de sofisticadas técnicas de laboratório e é indicada para pessoas que tenham histórico de doenças genéticas em familiares. No caso do câncer de mama, esse rastreio pode fornecer um programa de prevenção mais efetivo e, se necessário, antecipar intervenções cirúrgicas, afirma o Dr. Ricardo Caponero, médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “Como no caso da atriz americana Angelina Jolie, que em 2015 descobriu ser portadora de uma mutação genética rara, no gene BRCA-1, que aumenta em 87% as chances de uma mulher ter um tumor mamário e em 50% as chances de desenvolver câncer de ovário”, explica o especialista.