Autorizada pela Agência Nacional de Elétrica (Aneel), em reunião pública na semana passada, a conta de luz passa a ter tarifa mais alta para o consumidor, a partir desta segunda-feira (28).
Foi homologado pela diretoria no dia 22, as novas tarifas da concessionária, que determina que o índice repassado aos consumidores residenciais será de 18,53%. Para a alta tensão o aumento é de 35,56% e para a baixa tensão 18,63%. O aumento médio definido pela Aneel ficou em 23,19%.
O gerente de Tarifas da Cemig, Giordano de Pinho Matos, afirma que mais de 80% do reajuste definido pela Aneel se refere a itens que não estão sob a gestão da companhia. O estado crítico dos reservatórios brasileiros influenciou o preço do custo da energia e refletiu na decisão da Aneel para a tarifa da empresa.
“A maior parte do índice se refere ao alto custo de compra da energia em função do baixo nível dos reservatórios brasileiros nos últimos anos, especialmente no segundo semestre de 2017. Além disso, o acionamento das usinas térmicas contribuiu para elevar ainda mais o custo de geração no país. As usinas térmicas utilizam combustíveis fósseis, o que torna a geração de energia mais cara. O mecanismo das bandeiras tarifárias, que tem o objetivo de cobrir parte desses custos, não foi suficiente e a companhia teve uma despesa adicional superior a R$1 bilhão para garantir o fornecimento de energia dos consumidores mineiros”, explicou.
Esse reajuste definido de 4° ciclo é realizado de cinco em cinco anos, e é mantido desta forma para equilibrar os setores econômicos dos contratos de concessão, além disso a empresa afirma que vários fatores impactaram a decisão da Aneel no reajuste da conta de luz.
“Além do custo da energia do país que foi muito elevado, há o custo de transporte e os encargos setoriais que interferem na tarifa. Do valor total do reajuste médio (23,19%) definido pela Aneel, apenas 4,30% ficam com a Cemig Distribuição”, afirma.