Maio Amarelo é lançado em Montes Claros

Buscando chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo, o Poder Público, juntamente com a Sociedade Civil, lança o Movimento Maio Amarelo.

A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

Em Montes Claros, o lançamento foi, nesta sexta-feira (04), na Praça da Catedral, no Centro da Cidade. O evento contou com integrantes do Corpo de Bombeiros, Agentes da MCTrans, Polícia Militar e lideranças políticas da cidade, entre outros.

O Presidente da MCTrans, José Wilson Guimarães, fala sobre a conscientização do movimento.

“O Maio Amarelo, é um evento da ONU, um evento de conscientização no trânsito, pois os acidentes de trânsito matam mais que doenças de câncer por exemplo. Senão termos uma conscientização, um discernimento, separar o que é trânsito, o que é pedestre, cada um com sua função, vamos chegar a números de óbitos alarmantes, é preciso conscientizar, é preciso que o motorista saiba o que tem que fazer na via, e acima de tudo, o respeito. A gentileza é fundamental para que o trânsito possa desenvolver melhor”, concluiu.

O chefe da Comunicação dos Bombeiros, Tenente Diego Silva, considera importante a iniciativa.

“Está ação é muito importante, é uma ação mundial que busca prevenir estes acidentes que tem um número muito elevado, principalmente no Brasil, onde o número de motociclistas se destaca nas vítimas fatais. O Corpo de Bombeiros irá apoiar a MCTrans e os outros órgão realizando blitz educativas para tentar alertar a população, assim, trazendo eles juntos para esta ação”, diz.

A comandante da 11ª Cia Independente de Trânsito e Meio Ambiente, Major Gracielle, divulgou as medidas tomadas pela corporação.

“Neste mês de maio, faremos todos os dias blitz educativas na cidade, quanto repressivas pontuais qualificadas. A atuação vai ser no sentido de educar as pessoas para que possamos ter um trânsito mais seguro, obediência às regras de trânsito e em relação a repressão e aos crimes”, argumenta.

Em 2010, a Assembleia-Geral das Nações Unidas editou uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.

Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos.

A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

No Brasil, a situação não é melhor: mais de 37,3 mil pessoas morrem todos os anos no trânsito. “É como se um avião de médio porte caísse todos os dias com 93 passageiros a bordo”, afirmou o ministro das Cidades, Alexandre Baldy.

Porém, o País tem alcançado avanços: desde 2011, quando aderiu a um pacto das Nações Unidas para redução em 50% do número de vítimas no trânsito até 2020, o Brasil conseguiu diminuir o número de acidentes em 25%.