A Justiça da Coreia do Sul suspendeu a condenação a cinco anos de prisão do herdeiro e líder da Samsung, Lee Jae-yong, e autorizou sua saída da prisão ao desculpar-lhe de vários delitos relacionados com o caso de corrupção conhecido no país como “Rasputina”. Lee, de 49 anos, deixou hoje as instalações penitenciárias onde permanecia há quase um ano – foi preso em 17 de fevereiro de 2017 -, e evitou fazer declarações à impremsa. Grande número de jornalistas aguardava sua saída.
Lee tinha sido condenado, em agosto passado, a cinco anos de prisão por subornar a ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye, com o objetivo de obter favores do governo na sua consolidação como líder do grupo, desviar fundos, esconder ativos no estrangeiro e perjúrio.
O Alto Tribunal de Seul decidiu diminuir a pena para dois anos e meio e autorizou Lee a cumpri-la em regime aberto, o que lhe permite sair de imediato da penitenciária onde se encontrava, depois que outra instância retirou muitas das acusações feitas a ele.
Depois que a defesa de Lee recorreu da sentença, os juízes consideraram que não ficou provado que a empresa tenha obtido favores do governo dentro do esquema de tráfico de influência orquestrado pela ex-presidente Park Geun-hye e sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”.
Lee tinha sido condenado por doar cerca de 8,8 bilhões de wons a Park e a Choi, em troca de receber apoio do governo para uma operação essencial para a empresa e considerada de importância estratégica para a sucessão à frente da companhia.
A operação, uma fusão entre duas filiais da Samsung que ocorreu em 2015, reforçou o controle de Lee sobre o conglomerado, cuja liderança assumiu de fato um ano depois que seu pai, Lee kun-hee, sofrera um infarto que o deixou deficiente.