Dia mundial de enfrentamento à Meningite visa diminuição de incidência da doença

Com o objetivo de alertar a população sobre os riscos da meningite e sobre a importância do diagnóstico precoce, a Secretaria de Estado de Saúde estabeleceu que nesta sexta-feira (24) será celebrado o Dia Mundial de Enfrentamento à Meningite.

A doença, que é caracterizada pela inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, tem sintomas que se confundem com outras doenças, como febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez da nuca ou dores no pescoço, sonolência e, às vezes, confusão mental. Manchas vermelhas ou roxas pela pele também são um indicativo da doença e, nesses casos, indicam casos graves.

Fernanda Barbosa, especializada em Meningites e Varicela pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), explica sobre.

“A meningite tem alguns sintomas em comum com outras enfermidades, por isso, o diagnóstico precoce é essencial para o paciente receber o tratamento mais adequado”, analisa.

A especialista completa falando sobre a causa das doenças e a relevância desse aspecto para o tratamento.

“A meningite bacteriana precisa de tratamento imediato com antibióticos específicos, fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É importante frisar que após 24h do início do uso do antibiótico, o paciente deixa de transmitir a bactéria”, comenta.

Tipos de meningite

A doença é classificada de acordo com o individuo que a causou, já que apesar das diversas motivações, infecções por bactérias, vírus, fungos e parasitas são os principais transmissores da enfermidade, sendo as bacterianas e as virais as mais decorrentes e as que requerem um tratamento mais rápido, devido à capacidade para produção de surtos.

A gravidade da doença e o tratamento específico para cada uma dependerá do diagnóstico. Pessoas que tiveram contato com os infectados passam por um tratamento preventivo, para que a cadeia de produção da doença seja interrompida.

Vacinação

Apesar de já existir vacinas para prevenção da doença, como a BCG, a Pneumocóccica, Meningocócica Conjugada C e a Pentavalente, elas não funcionam para todos os tipos de vírus e bactérias, porém são recomendadas pelo Ministério da Saúde e indispensáveis para garantir a proteção individual e coletiva.

Segundo a especialista Fernanda, Minas Gerais foi o primeiro estado do país a introduzir a vacina contra a Meningite C, em 2009.

“A vacina é disponibilizada para crianças menores de 2 anos e também para adolescentes de 11 a 14 anos. A faixa etária será ampliada gradativamente até 2020, quando serão incluídas as crianças e adolescentes entre 9 até 13 anos”,

A cobertura vacinal da BCG em crianças menores de 1 ano, já atingiu, atualmente, cerca de 92%; a pneumocócica, também para menores de 1 ano, tem como cobertura vacinal cerca de 88%. Já para crianças com 1 ano, a porcentagem é de 75%. A meningocócica conjugada C para crianças com 1 ano completo, 78,44%, já as crianças de 11 a 14 anos, 29,71%. A Pentavalente para menores de 1 ano apresenta cobertura vacinal de 83,36%.