Idoso atropelado por motociclista que empinava moto morre após quase um mês internado em Montes Claros

O atropelamento aconteceu no dia 17 de junho, no bairro Alterosa. O condutor da motocicleta de 20 anos, estava com a carteira de habilitação cassada no momento do acidente.

Morreu nesta segunda-feira (14), aos 81 anos, Caetano Vieira da Silva, vítima de um atropelamento ocorrido no dia 17 de junho, no bairro Alterosa, em Montes Claros. O idoso foi atingido por um motociclista que empinava a moto em via pública. O acidente foi registrado por câmeras de segurança e causou grande comoção na cidade.

Segundo a Polícia Militar, o condutor da moto, de 20 anos, estava com a carteira de habilitação cassada no momento do acidente. Ele chegou a ser preso, mas teve a liberdade provisória concedida no dia seguinte, mediante medidas cautelares, como a proibição de pilotar veículos e o compromisso de se apresentar à Justiça sempre que solicitado.

Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver o momento em que o motociclista trafega apenas com uma das rodas e atinge o idoso, que atravessava a rua empurrando um carrinho de mão. Caetano estava a caminho de uma obra na casa da filha, onde ajudava um pedreiro e havia saído para comprar argamassa.


Após o atropelamento, a vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros com traumatismo cranioencefálico e hemorragia intensa. Ele foi internado na Santa Casa de Montes Claros, recebeu alta no dia 25 de junho, mas precisou ser hospitalizado novamente dias depois devido a complicações. De acordo com a família, o quadro neurológico do idoso se agravou, com inchaço cerebral e anemia profunda. No último sábado (12), ele teve uma hemorragia interna e não resistiu.

A filha da vítima, Karla Patrícia Rodrigues Silva, lamenta a morte do pai e cobra justiça. “O que a gente quer é que ele pague pelo crime, porque se não fosse por ele, papai estaria vivo. A gente quer justiça para que isso não aconteça com outras pessoas”, afirmou.

Ela descreve Caetano como um homem ativo, prestativo e trabalhador. “Meu pai era muito ativo, gostava de ajudar, de ir ao mercado, de viver. O atropelamento o transformou completamente: passou a depender da gente para tudo, desde se alimentar até tomar remédio e usar fralda. Ele não merecia isso”, disse emocionada.

A família espera que o caso sirva de exemplo para evitar novas tragédias causadas por imprudência no trânsito. Até o momento, o processo segue em andamento e o motociclista responde em liberdade.

Leila Santos é jornalista graduada pela Funorte, com sólida experiência em comunicação. Atuou como editora-chefe e possui passagens por emissoras de TV, assessorias de imprensa, agências de publicidade e veículos digitais. Atualmente, integra o Portal Webterra, onde alia técnica, ética e compromisso à produção de conteúdos jornalísticos de qualidade. Leitora dedicada e engajada em causas sociais, conduz seu trabalho com sensibilidade, responsabilidade e credibilidade.