Mais uma vez parafraseando Mia Couto: “Eu venho da poesia, fui antes de tudo um poeta e, portanto, tenho nos versos a base da minha escrita”.
Sou artesão da palavra.
Busco sempre restituir algo divino à palavra e também usá-la como ferramenta.
Escrevo porque tenho o prazer de expressar algo que é do cotidiano.
Então, começo esta coluna com versos:
“Cada livro que escrevi,
foi ponte sobre o caminho,
palavra que se abriu,
fez do leitor meu vizinho.
Meus livros são minha voz,
são conversas em papel,
trazem o leitor pra perto,
descortinando o véu”.
Todos os livros que publiquei, me aproximaram do leitor.
Acho que isso revela o poder que as palavras ganham quando falam diretamente ao coração, com a leveza e a verdade que a literatura permite.
Eternas Lições
Poderia citar aqui “Eternas Lições”, um livro infantil que me aproximou muito dos leitores.
Talvez, no fundo, todos nós — adultos ou não — continuemos buscando aquele encantamento puro que só a infância e a boa literatura podem nos despertar.
Para você, criança, que ilumina o mundo com sua alegria e sua imaginação.
Que este livro acompanhe você em aventuras mágicas e sonhos sem fim!
Para os pequenos/grandes leitores, que nunca deixem de sonhar, brincar e acreditar nas coisas incríveis que só as crianças sabem ver.
Dentro destas páginas moram sonhos, amizades e aventuras.
Que você descubra, a cada história, o quanto é maravilhoso crescer acreditando no impossível, como eu que um dia escrevi este livro para as crianças.
Sempre busquei gerar uma conexão bacana com o público leitor ao escrever uma coluna e isto está sendo essencial para prender a atenção dos leitores, provocar reflexão e criar empatia.
Talvez pelo fato de começar com algo que o leitor reconheça.
Muitas vezes uso um personagem inspirador, uma situação cotidiana.
Outras, uma dúvida comum, um sentimento universal ou, ainda, uma cena impactante, usando uma linguagem simples e direta.
Conexão
A conexão de um escritor com leitores nasce, antes de tudo, no território invisível da emoção e da palavra.
Ela acontece quando o que está escrito transcende o papel e toca algo íntimo na outra pessoa — seja uma lembrança, um sentimento ou a sua história.
Quando os leitores reconhecem ali um pedaço da sua história, do seu sofrimento, do seu amor ou da sua esperança.
Sempre gostei de contar uma história breve nas minhas escritas.
Nada conecta mais do que uma boa narrativa pessoal, real ou mesmo de ficção.
Histórias criam imagens mentais e envolvimento emocional.
Exemplo: lembram de uma coluna passada, quando vi um senhor idoso pegando seu cavalo e montando em pêlo.
Me lembrou de algo que já esquecemos: a força de vontade que devemos ter com nós mesmos.
