Serra do Espinhaço: onde o Vale do Jequitinhonha abraça o Vale do São Francisco

É uma experiência de imersão total na natureza, na cultura e na história de Minas Gerais.
Quando chego no topo da Serra vejo a linha do Infinito - Foto: Divulgação/Internet
Quando chego no topo da Serra vejo a linha do Infinito - Foto: Divulgação/Internet

Estou iniciando uma longa “Travessia” a partir de Salinas passando por Taiobeiras, Rio Pardo, Monte Azul, Mato Verde até Espinosa, cruzando a Serra do Espinhaço, entre os Vales do Jequitinhonha e São Francisco.

Quando chego no topo da Serra vejo a linha do Infinito.

Sinto meu coração andar pelo Espinhaço de Minas, numa Travessia entre pedras e céu.


É uma experiência de imersão total na natureza, na cultura e na história de Minas Gerais.

Sempre faço essa travessia de forma prática, segura e rica em vivências.

A Serra do Espinhaço atravessa Minas Gerais no sentido norte-sul, ligando o Vale do Jequitinhonha (leste) ao Vale do São Francisco (oeste).

Um dos melhores trechos para essa minha travessia liga Salinas, minha terra Natal (Vale Jequitinhonha) a Espinosa (Vale São Francisco), é entre Rio Pardo de Minas e Mato Verde, além de suas belezas cênicas e nascentes de água. marcada por paisagens diversificadas, incluindo campos rupestres, vales e picos, com destaque para o Pico da Formosa, ponto culminante da região.

Essa região também possui importância social, servindo como passagem para viajantes e tropas entre as margens oeste e leste da Serra.

A Serra do Espinhaço nessa região é considerada um importante corredor ecológico, com grande potencial para o ecoturismo.

O Parque Estadual de Serra Nova e Talhado, por exemplo, está localizado próximo a essa área e oferece trilhas e cachoeiras, como a Cachoeira das Fadas e a Cachoeira do Telésforo.

🥾 Sugestão de travessia completa

Altitude: varia entre 600 m e 1.200 m

Nível: Médio a difícil

🧭 Roteiro básico (resumido por etapas)

Você pode fazer a travessia completa ou dividir em trechos. Aqui estão alguns trechos:

1. Salinas – Taiobeiras (40 km)

Paisagens de cerrado e antigas trilhas dos tropeiros.

2. Taiobeiras – Rio Pardo – (40 km)

Veredas, povoados encantadores, cachoeiras e cultura local.

3. Rio Pardo – atravessa a Serra do Espinhaço chega a Mato Verde, segue chega em Monte Azul, passando por pontos como cerrados, tabuleiro, córregos, nascentes, chapadas, até chega à Espinosa.

🌄 O que você verá na travessia

  • Campos rupestres, cachoeiras, cânions e picos;
  • Vilarejos históricos com cultura viva;
  • Flora e fauna do cerrado e mata atlântica de altitude;
  • Céu estrelado de tirar o fôlego.

Essa travessia é mais que uma viagem — é um mergulho na alma de Minas.

Planeje com calma, respeite a natureza e aproveite o ritmo das comunidades locais.

O poeta saiu de Salinas, um entrocamento e uma encruzilhada, ponto de partida para os Vales atravessando a Serra do Espinhaço, com destino à Espinosa.

E como venho da poesia, encerro essa coluna com versos:

“Oh, Serra do Espinhaço,
coluna do chão,
que sustenta o sonho e o coração,
entre dois vales, a vida flui,
e quem te atravessa,
nunca conclui”.