Chamando atenção e até preocupação dos fiéis, a tricentenária Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Brejo do Amparo, distrito de Januária, Norte de Minas, atualmente está resguardada por estacas. O histórico templo religioso se encontra totalmente sustentado por objetos alheios a sua estrutura original revelando, assim, a fragilidade de uma fortaleza histórica.
Segundo fontes da Diocese da cidade, as estacas são medidas de prevenção, afiançando não haver problemas constatados na estrutura da igreja, mas movimentação no entorno.

Movimentação, por exemplo, como o processo natural de abaixamento da estrada vicinal que poderá gradativamente comprometer a estrutura física da igrejinha. Por esse motivo, a preocupação preventiva de “estacamento” do templo religioso.
Uma equipe técnica, disse a fonte, está semanalmente monitorando a situação da Tricentenária.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, conforme registro do Instituto do Patrimônio, é a segunda mais velha de Minas Gerais.
A origem da igreja está ligada há uma das mais antigas rotas de penetração de bandeirantes no interior do Brasil.
A edificação possui características construtivas da arquitetura baiana com soluções paulistas. Possui inscrição de 1688, presumivelmente ligada à construção de uma primeira capela.
Os elementos internos apresentam características ornamentais do estilo nacional-português, da primeira fase do barroco em Minas, com pinturas em estilo rococó.
A Igrejinha do Rosário, como é carinhosamente conhecida na região, é tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual, sob a responsabilidade do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA).
