É comum ouvir que a política deveria nos direcionar ao caminho certo. E, sinceramente, deveria mesmo. Mas a realidade mostra outra coisa: o que vemos, muitas vezes, é uma distorção da política, transformada em palco de interesses pessoais, promessas desbalizadas e decisões que favorecem poucos — quase nunca o bem comum.
A política, na teoria, é uma ferramenta poderosa para o bem coletivo. Mas, na prática, ela tem sido negligenciada, desvalorizada e até temida por muitos. Parte disso vem da falta de ética de quem assume cargos públicos, mas também da apatia de quem, do lado de cá, se acostumou a não se envolver. Isso precisa mudar. Política não é “coisa de político”. É coisa de cidadão.
Enquanto tratarmos a política como algo distante, ela continuará sendo usada contra nós. Precisamos entender que cada escolha, cada voto, cada silêncio tem um desfecho. E, sim, dá trabalho se informar, acompanhar, cobrar. Mas esse é o preço da democracia real — e é muito mais barato do que pagar pela omissão.
Acreditar na política é um ato de coragem. Participar dela, um ato de responsabilidade. Só assim podemos, de fato, colocá-la no caminho certo — o caminho que sirva à sociedade, que combata injustiças e que enxergue o povo como prioridade. Porque, no fim das contas, ou tomamos as rédeas da política, ou seremos levados por ela — e nem sempre na direção certa.