Realismo mágico sob a luz de Marte

Foto: Divulgação/IA/InterneIlustração
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Quem é que não tem um pouco de realismo mágico nas suas escritas?

Considerando que Marte me autoriza que eu pense que um planeta pode ser outra morada para bilionários aqui da Terra, e num registo que surpreenderá os mais fiéis leitores pela ausência das coisas do Cerrado nas minhas habituais colunas, quis desafiar-me a deixar de ser classificado dessa forma e escrever sobre realismo mágico.

Escrevo nesta coluna as ações de um bilionário americano de nome Elon Musk que em um futuro não muito distante, quando finalmente conquistar Marte, construirá lá um pequeno povoado chamado Tesla que florescerá sob a sombra das montanhas vermelhas de Marte.

Lá irão habitar os seres, descendentes de várias partes do mundo e levarão consigo suas culturas, sonhos e um pouco de sua magia.

Foto: Divulgação/IA/InterneIlustração
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Jardim

No centro do povoado, haverá um jardim onde a areia vermelha se mistura com a terra trazida da Terra.

Esse jardim será uma homenagem a Donald Trump, dono da terra, um idoso misterioso que afirma ter uma nave feita de estrelas, e um jardineiro de nome Zuckerberg.

Todos os dias, regará suas plantas com um líquido azul que extraíará de um poço antigo.

Dizia-se que aquele líquido era a essência das memórias da Terra, quando ele só mandava e todos obedeciam.

As flores desse jardim eram diferentes de qualquer outra no universo.

Elas podiam falar com os humanos, mas apenas em códigos secretos, criados por Steve Jobs.

Quando alguém se aproximar, poderá ouvir histórias de amores que ficaram na terra e familiares saudosos.

As crianças do povoado ficarão encantadas e passarão horas a ouvir os relatos das flores, que contarão sobre florestas densas, oceanos profundos e o calor do sol da Terra.

Numa manhã, uma jovem chamada Melania decidirá explorar o jardim, intrigada pelas lendas que ouvira quando vivia na terra.

Assim que entrar no espaço mágico, sentirá uma brisa suave e ouvirá uma das flores chamá-la pelo nome: Melania, Melania, venha ouvir nossas histórias, sussurrará a flor de pétalas douradas.

A jovem se aproximará e, com cada palavra da flor, os olhos dela brilharão de emoção.

Um dia, quando o céu ainda brilhar azul, uma nave aterrissará aqui com os amigos de Elon e Trump, os donos do mundo, coordenada pelo Véio da Havan.

Viajantes

Os viajantes levarão sementes de um mundo distante, mas esquecerão suas memórias.

Para cada memória que a os viajantes quisessem reviver, eles teriam que deixar uma lembrança em Marte.

Assim, eles começarão a compartilhar suas memórias da Terra — os risos da infância, o calor do abraço da mãe, o som do mar — e, em troca, viajará por paisagens deslumbrantes, onde as montanhas são feitas de cristal e os rios dançarão sob a luz das estrelas.

Os dias se transformarão em semanas e os viajantes se virão presos entre dois mundos.

Foto: Divulgação/IA/InterneIlustração
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Eles perceberão que quanto mais explorarem Marte, mais se esquecerão de suas vidas na Terra.

E terá o administrador de Marte, que dirá a todos: “vocês devem escolher entre o passado e o presente. Se continuar a se esquecer, nunca mais poderá retornar”, disse o administrador.

Os viajantes decidiram que as memórias da Terra eram parte de quem eles eram, portanto não podiam esquecer Com lágrimas nos olhos, eles se arrependeram de ter deixado a Terra.

AÍ surgiu a ministra de vários mundos, em um ato de carinho, deu a eles uma última mensagem: “a partir de hoje, vocês são a ponte entre mundos. Compartilhe nossas histórias lá na terra e traga um pouco dessa magia para cá”.

Assim, os viajantes voltaram à Terra, onde se tornaram a guardiães das histórias, unindo as lendas da Terra com os novos sonhos de Marte.

Passado e presente

E, todas as noites, quando o céu se tornava um manto de estrelas, os viajantes se sentavam juntos no jardim, onde flores falavam e o passado e o presente dançavam em harmonia, criando um novo conto de realismo mágico sob a luz de Marte.

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Barry Butch Wilmore e Suni Williams aguardam a chegada de nova tripulação para que possam deixar a Estação Espacial Internacional. O atraso deverá estender a missão até abril de 2025.

Foto: Divulgação/IA/InterneIlustração
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