Minas Gerais celebra com orgulho uma conquista histórica: os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal foram oficialmente reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (4), durante uma reunião realizada em Assunção, no Paraguai. Este é o primeiro alimento brasileiro a receber essa honraria, consolidando a relevância cultural e histórica de uma tradição que atravessa mais de três séculos.
Para o governador Romeu Zema, o reconhecimento é um marco para o estado e uma oportunidade de fortalecer a economia das comunidades produtoras. “Esse é um produto que simboliza Minas Gerais. Agora, ele ganha ainda mais valor no cenário mundial, incentivando o turismo e gerando renda para milhares de famílias”, destacou. Atualmente, cerca de 9 mil produtores dedicam-se à fabricação do Queijo Minas Artesanal no estado, produzindo anualmente 40 mil toneladas e movimentando cerca de R$ 2 bilhões.
Esse título é resultado de um extenso trabalho iniciado em 2022, conduzido por entidades como o Governo de Minas, Iepha-MG, Iphan e Sebrae. Mais do que um reconhecimento simbólico, a conquista reforça o papel do queijo artesanal como motor da agricultura familiar e do turismo sustentável. Para comemorar, estão previstas uma série de atividades em Belo Horizonte e nas dez regiões produtoras, incluindo shows de drones, feiras e apresentações culturais.
Além de promover a tradição, o reconhecimento internacional abre portas para novos mercados e oportunidades para os produtores, ao mesmo tempo que reafirma o Queijo Minas Artesanal como um símbolo da identidade mineira. É mais um passo para eternizar a rica história e a cultura de Minas Gerais no cenário global.