O medo e o receio, estes substantivos abstratos, tornam-se cotidianos e se materializam, na experiência de pais e mães de crianças quando seus filhos estão sob o cuidado de outrem (palavra que só deve ser usada para se referir à pessoa), todavia, jamais deveria ser preocupante para os pais deixarem seus filhos na escola. Deveria!
Mas, na semana passada, esta preocupação tornou-se evidente caso de polícia, pois situação de violência ocorreu em escola. Professora, de escola municipal de educação infantil, agrediu fisicamente criança de 3 anos, isso beira o incrédulo. Não cremos.
Afinal, a escola é espaço de transmissão do legado humano, espaço de cuidado e de formação das novas gerações e de manutenção da cultura humana. Quando se agride um aluno, agride todo o corpo social brasileiro, porque são aqueles princípios que estão sendo destruídos. A escola é nossa resposta social à barbárie; um ataque a um aluno serve à barbárie!
Muita coisa aconteceu e acontece para que situação de violência se formalize. Essa trama de fatores se refere às condições concretas de existência, às políticas de gestão da vida em sociedade e às formas de cuidado (ou ausência delas). A banalização da violência nega essa produção e atua como camada de poeira que turva tudo, tão insidiosamente, chegando a se misturar na invisibilidade do próprio ar.
Se porventura não entende o papel social da escola; não gosta de gente; não tem paciência com criança; não tem competência pedagógica; não tem responsabilidade com a vida do outro; pense bem antes de escolher a profissão de professor, principalmente, de educação infantil. Porque existem pessoas que são frágeis demais para suportar a agressão sofrida por uma criança, poderão perder o controle emocional e a saúde mental. Há outras pessoas mais racionais que conseguem transformar sua revolta em denúncia; e, existem ainda pessoas aquelas que conseguem transformar sua raiva em texto.