Ex-padre é preso acusado de abusar sexualmente de 50 meninas em Minas Gerais

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitaram à Justiça a prisão preventiva de um ex-padre acusado de estuprar uma criança, em Tiros, no Triângulo Mineiro. Ele preso nessa quarta-feira (23) na casa onde mora, em Juatuba, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O ex-padre está afastado da Igreja e nega as acusações.

A prisão preventiva do idoso, de 77 anos, foi solicitada pela Promotoria de Justiça Única de Tiros, após a conclusão das investigações pela Polícia Civil. Segundo as autoridades, há fortes indícios de autoria e materialidade do crime.

O ex-padre passou a ser investigado depois de uma denúncia de um caso ocorrido em 2016, quando uma vítima, que na época tinha quatro anos, teria sofrido abusos durante uma festa de casamento em um sítio de propriedade do religioso.

50 meninas

De acordo com o delegado responsável pelo caso Bruno Henrique de Deus, ao todo, o suspeito teria violentado sexualmente cerca de 50 meninas com idades entre três e 11 anos, desde a década de 80.

“Ele era padre em uma paróquia de Belo Horizonte, vinculada a uma escola. Então, por várias vezes, organizavam excursões e levavam essas crianças para passar um tempo no sítio do padre, com presença de professores e até mesmo de pais. Ele conseguia retirar essas crianças de perto dos responsáveis, com base na confiança, abusava delas e depois as devolvia”, afirmou o delegado Bruno Henrique de Deus.

Segundo o MPMG, o pedido de prisão tem fundamento “na garantia da ordem pública, na conveniência da instrução criminal, na segurança da aplicação da lei penal e no perigo gerado pela liberdade do denunciado, conforme previsto na legislação constitucional e processual penal vigente, o que foi acatado pelo Poder Judiciário”.

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

 

A maior parte dos casos de abuso analisados já está prescrita, devido os fatos terem ocorrido antes da alteração da Lei 12.650/2012, que mudou as regras do prazo prescricional dos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Porém, o caso da menina de quatro anos à época, que gerou o pedido de prisão, ainda não prescreveu.

Denúncia

A delegada regional em Juatuba, Ana Paula Kich Gontijo, orienta as vítimas que procurem a Delegacia de Polícia Civil mais próxima para denunciar o crime, dando como exemplo o caso.

“Essa ocorrência chegará ao inquérito que está investigando a conduta desse suspeito. Quanto mais vítimas conseguirmos localizar, maior será a pena e mais perto da Justiça estaremos”, encerra.