Na última quarta-feira (9), a Polícia Civil prendeu um pastor evangélico de 49 anos em Fronteira, Minas Gerais, suspeito de abusar de meninas entre 13 e 14 anos que frequentavam sua igreja. A investigação começou após um relatório do Conselho Tutelar, que levantou as suspeitas sobre o comportamento do religioso.
De acordo com o inquérito, após os cultos, o pastor convidava um grupo de adolescentes a sua casa, alegando que realizaria orações e serviria refeições. No entanto, em vez de orar, ele as levava a um quarto escuro, onde, durante o que dizia ser um ritual, erguia as roupas das meninas e tocava em seus corpos.
Esse não é o primeiro incidente envolvendo o pastor; ele já havia sido condenado por perseguir uma fiel, utilizando sua posição para cometer delitos. O homem foi encaminhado ao sistema prisional e se encontra em prisão preventiva enquanto as investigações prosseguem.
O crime de estupro, conforme o artigo 213 do Código Penal, é definido como constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar atos libidinosos. Mesmo na ausência de conjunção carnal, a pena pode variar de seis a dez anos. O artigo 217A prevê o crime de estupro de vulnerável, configurado quando a vítima tem menos de 14 anos ou, “por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”. A pena varia de 8 a 15 anos. Já o crime de importunação sexual, que se tornou lei em 2018, é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem sua anuência.
Caso você seja vítima de qualquer tipo de violência de gênero ou conheça alguém que precise de ajuda, pode fazer denúncias pelos números 181, 197 ou 190 ou pelo aplicativo MG Mulher – Disponível para download gratuito nos sistemas iOS e Android, o app indica à vítima endereços e telefones dos equipamentos mais próximos de sua localização, que podem auxiliá-la em caso de emergência. O app permite também a criação de uma rede colaborativa de contatos confiáveis que ela pode acionar de forma rápida caso sinta que está em perigo.