O Governo de Minas Gerais, em parceria com o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) e as Forças de Segurança, divulgou nesta sexta-feira (20/9) um balanço das operações de combate aos incêndios florestais no estado. A Polícia Civil (PCMG) e a Polícia Militar (PMMG) têm atuado de maneira coordenada para reprimir crimes ambientais, resultando em um aumento significativo nas investigações e prisões de suspeitos.
Desde janeiro, a PCMG concluiu 687 procedimentos investigativos relacionados ao artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais, que criminaliza o ato de provocar incêndio em mata ou floresta. Esse número representa um aumento de 98% em relação a todo o ano de 2023. De acordo com o delegado Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil, o incremento nas apurações reflete a priorização do combate aos incêndios diante da crise ambiental vivida no estado.
Paralelamente, a PMMG conduziu 216 pessoas relacionadas a crimes de incêndio, sendo 76 em áreas de florestas, um aumento impulsionado pela Operação Verde Minas, iniciada em agosto. Além disso, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) aplicou 510 multas ambientais, que totalizam mais de R$ 10 milhões em penalidades.
As autoridades destacam que, além da repressão, o trabalho preventivo tem sido fundamental. O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) relata que, apesar do aumento de focos de incêndio em 2024, mais de 80% das ocorrências foram controladas nas primeiras 24 horas, graças ao rápido acionamento das equipes.
Com a previsão de novos focos, o governo do estado mantém a integração entre diferentes órgãos, utilizando tecnologias como drones e satélites para monitoramento contínuo das áreas de risco.
Para denúncias de crimes ambientais, a população pode acionar o Disque Denúncia (181), além dos serviços de emergência, como o Corpo de Bombeiros (193).