Escrevo porque tenho o prazer de falar algo que é do cotidiano. Escrevo sobre minha realidade, que é o meu melhor argumento.
Durante o podcast pelo webterra, Sarah me perguntou, onde escrevo minhas colunas?
Respondi que escrevo durante as sessões de hemodiálise, e sou inspirado em Ho Chi Minh [1890-1969].
Ho Chi Minh foi um revolucionário vietnamita, o presidente do Vietnã, que esteve preso e escreveu na prisão belíssimos poemas de amor, cheios de ternura, da mais fina ternura.
E quando perguntaram como ele foi capaz de produzir essa obra em uma condição tão sofrida na prisão, ele respondeu uma coisa que, para mim, é uma espécie de sentença.
Ele disse: “Eu desvalorizei as paredes”. No fundo, eu acho que escrevemos para desvalorizar as paredes.
A coluna “Sal da Terra” pelo Webterra é uma metáfora relacionada a ensinamentos divinos.
Quando Jesus Cristo diz aos seus discípulos que eles são “sal da terra e luz do mundo”.
O sal tem vários significados que podem ser associados a esta expressão:
Sabor: O sal dá sabor aos alimentos, tornando-os agradáveis.
Preservação: O sal preserva.
Sabedoria divina: No passado, o sal era um símbolo da sabedoria divina.
Graça e vivacidade: No sentido que Jesus usou, o sal significa graça e vivacidade.
Eficácia e estabilidade: O sal é símbolo de eficácia e estabilidade, por isso era misturado nos sacrifícios.
Minha escrita deve ser “Sal da Terra”, isto é, dar sabor e fertilidade à literatura, inspirada em Salinas, no sertão e no cerrado Norte Mineiro.
A expressão “Sal da Terra” também pode ser associada a uma música de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, que fala do amor e da construção de um novo mundo.