Coluna Nutrição em Pauta: enxaqueca x alimentação

Foto: Divulgação/Internet

Hoje o papo é sobre enxaqueca!

– A enxaqueca é uma desordem neurológica relativamente comum. Dor de cabeça já é algo bem ruim, agora pega ela e multiplica por 10: Temos a enxaqueca!

– As enxaquecas são fortes dores de cabeça, que podem vir acompanhadas de náuseas, vômitos, alterações de visão, sensibilidade extrema à luz, cheiros e sons, além de formigamento. Onde também pode ocorrer em áurea, que é como se fosse um sinal pré-episódio: Essa áurea pode ser flashes de luz, formigamento no corpo ou até uma dificuldade de falar claramente ou encontrar as palavras certas (afasia transitória).

– Não existe uma causa única definida para enxaqueca, mas sabe-se que existe uma ativação do sistema trigeminovascular, onde temos um pico ↑ de substâncias pró-inflamatórias e stress oxidativo no cérebro.

E, como será que a alimentação pode influenciar na enxaqueca?

– Alguns alimentos como chocolate, frutas cítricas, álcool e café, substâncias com o glutamato monossódico, histamina, tiramina, nitritos  e adoçantes, como o aspartame, parecem ter uma relação com a enxaqueca, onde o consumo excessivo desses alimentos ou de alimento contendo essas substâncias (tiramina, histamina, nitritos) podem exacerbar o quadro.

O consumo excessivo desses de café e outros alimentos podem causar enxaqueca. Foto: Internet/Reprodução

– Além disso, é extremamente importante avaliar a retirada de alimentos potencialmente alergênicos. Se você tiver uma hipersensibilidade a algum alimento isso pode gerar uma ativação imunológica e com isso um pico ↑ de citocinas pró-inflamatórias que podem piorar a enxaqueca.

– A dieta cetogênica também pode ser uma boa pedida se você sofre com enxaqueca. Estudos mostram que o aumento de corpos cetônicos pode influenciar positivamente diversos mecanismos envolvidos na enxaqueca, como: neuroproteção, função mitoncondrial, compensar uma disfunção serotoninérgica e melhorar a neuroinflamação e o stress oxidativo.

– Alguns nutrientes como ômega 3, magnésio, B2, coenzima Q10 e B9 também podem ter uma influência positiva e ajudar, além do equilibrio entre ômega 6 e 3 para abaixar ↓ a resposta inflamatória, melhorar a função plaquetária e regular o tônus vascular.

@tamirysnutri

Foto: Dra. Tamirys Souza/Arquivo Pessoal