Estive no campo da batalha, sem a certeza da vitória.
Em nossas vidas, existe o campo de lutas, o espaço do enfrentamento, de viagens ao desconhecido.
Encorajar-se à luta pode levar-nos ao encontro da procurada verdade dentro de nós mesmos.
E, como filosofou Guimarães Rosa pelas palavras de Riobaldo: “Quem elegeu a busca não pode renunciar à travessia”. Isso ele aprendeu no Sertão.
Hoje, após anos e anos, sinto que venci.
A importância das pequenas vitórias.
É muito comum focar nossas vidas em grandes objetivos.
Afinal, quando temos notáveis conquistas, recebemos uma quantidade incrível de reconhecimento, não é mesmo?
Atingir grandes metas nos faz sentir bem, aquela sensação gostosa de que somos bem sucedidos.
Esses objetivos maiores, claro, são importantes, mas o que dizer das pequenas vitórias?
Será que elas são irrelevantes?
Embora a maioria das pessoas não consiga dar importância para as pequenas vitórias, elas são essenciais.
Mas, essas táticas e estratégias aprendi desde criança lá no Cerrado.
Os que ignoram as condições geográficas: morros, montes, florestas, desfiladeiros perigosos, pântanos, lamaçais e veredas – não podem conduzir a marcha, uma tropa ou uma boiada até seu destino.
Tempos depois apliquei essas táticas na literatura e tive a habilidade de alcançar a vitória na escrita, mudando e adaptando-me de acordo com as circunstâncias, isso que chamo de genialidade e criatividade.
Quando precisou, fui sutil, que nem deixei rastro por onde passei.
Outras vezes, fui misterioso; fui tão misterioso que, mesmo na literatura, não passei todas as informações.
Então, hoje celebramos a nossa vitória.