Acidentes com pipas deixaram 12 mil consumidores sem energia no Norte de MG

Por conta de 65 ocorrências envolvendo pipas no primeiro semestre de 2024, doze mil consumidores do Norte de Minas Gerais já ficaram sem energia elétrica. É o que diz levantamento feito pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Os dados ainda revelam que somente no mês de junho 5 mil unidades consumidoras foram afetadas pelo mesmo […]
Foto: Divulgação.

Por conta de 65 ocorrências envolvendo pipas no primeiro semestre de 2024, doze mil consumidores do Norte de Minas Gerais já ficaram sem energia elétrica. É o que diz levantamento feito pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Os dados ainda revelam que somente no mês de junho 5 mil unidades consumidoras foram afetadas pelo mesmo problema.

Em Montes Claros, maior cidade do Norte de MG, a Lei Municipal nº 5.289, de 2020, proíbe empinar pipas, papagaios, raias ou artefatos similares em áreas urbanas e rurais. As pipas e afins só podem ser empinados em regiões de fazenda, sítios, clubes, áreas de recreação pública ou particular, desde que garantida a distância de segurança da rede elétrica e desde que não possuam em sua composição qualquer tipo de linha cortante ou com potencial de corte.


Outra lei, a 23.515, em vigor desde 2019, proíbe a utilização de cerol ou linha chilena em Minas Gerais. A regulamentação prevê multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes e notificação dos pais quando as linhas estiverem com menores de idade.

Além dos riscos de provocar acidentes que podem ser fatais pelo potencial cortante, o engenheiro da Cemig alerta que o uso do cerol também pode transformar uma simples linha de papagaio em material condutor de eletricidade. Muitas crianças amarram as pipas com arames e fios, o que contribui para deixar o cenário mais perigoso.

Além da interrupção no fornecimento de energia, a prática pode causar graves acidentes, já que as pessoas se arriscam para tentar retirar as pipas que ficam presas na rede.