O preço da gasolina na bomba, é resultado de um cálculo que considera uma série de fatores, que vão desde o lucro do posto até as flutuações do mercado internacional. Neste momento, alguns deles empurram o valor para cima.
O dólar atingiu seu maior patamar em dois anos e meio R$ 5,65, na última segunda-feira (1). Ao mesmo tempo, o petróleo tem vivido uma escalada de preços no mercado internacional.
Com essa pressão, a gasolina ficará mais cara nos postos?
Caso os fatores externos apurados fossem integralmente considerados, ela estaria entre R$ 0,9 e R$ 0,10 mais cara na bomba, calculam os especialistas.
Com dados da última semana, segundo a pesquisa mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do combustível nos postos é R$ 5,86 e, em Belo Horizonte, R$ 5,98.
Um reajuste da Petrobras neste momento é incerto, pois a estatal desconectou sua política de preços do mercado internacional.
Há pouco mais de um ano, ela abandonou seu Preço de Paridade de Importação (PPI), política que balizava a gasolina no Brasil com base nos valores praticados no exterior.
Assim, o último aumento da gasolina foi anunciado pela empresa em agosto de 2023. O recente aumento do querosene de aviação (QAV) segue outra lógica, pois o contrato da estatal com as distribuidoras prevê reajustes mensais.
Caso a Petrobras tivesse mantido o PPI, o preço da gasolina A — ainda sem a mistura obrigatória de etanol anidro com que é comercializada nos postos — poderia estar R$ 0,67 mais cara, segundo Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
[Com informações de O Tempo]