Coluna Sal da Terra: meus métodos característicos para escrever

A chave está em saber encaixar a realidade, fantasia, sonho e ficção num mesmo livro, usando das marcas da oralidade e valorização da memória cultural do povo do Cerrado.

Estou aprendendo a tirar partido do meu dom, inspirado no gênio natural e no impulso poético de Délio Pinheiro, Mia Couto, Gabriel Garcia Marques e Guimarães Rosa.

Farei os leitores acreditarem na ficção, no sonho e na fantasia como se fosse realidade.

Quero um dia me encontrar no Olimpo ( lugar onde reina a felicidade da literatura universal), por meu uso das palavras e minha capacidade descritiva, a meio caminho entre a fantasia, a realidade e o sonho.

Meu sonho é ser um autor universal, protagonista e expoente para instigar interesse do mundo pela literatura salinense, mostrar decisivamente à projeção como escritor de grande qualidade.

Aprendi a escrever observando o Cerrado, seu cenário e o povo simples desse universo, principalmente minha mãe, minha primeira contadora de histórias.

Aos 12 anos no colégio N.S. Aparecida de Salinas graças à jovem professora Elisa Martins, quem reconheceu meus dons da escrita.

Foi ela quem incutiu a pontualidade e o hábito de escrever diretamente no papel. Aos 10 anos eu já escrevia versos e aos 13 fiz meus primeiros poemas.

Foi essa infância cheia de aventuras, fábulas e histórias contadas pelos avós e minha mãe, que assentaram as bases de minha composição mais famosa, A vila dos contadores de historias.

Mas o meu reconhecimento como escritor começou em um dia de outubro de 2018 quando eu me dirigia de Salinas a Lagoinha, terra do meu pai.

Nesse trajeto tive a visão do livro que estava dando voltas em minha cabeça durante anos.

Foi assim que decidi que era o momento e sentei ao computador e trabalhando sem descanso oito horas por dia durante 2 anos seguidos.

Em 2020 surgiu o resultado, A vila dos contadores de historias em que dou vida ao povoado de Lagoinha e à legendária estirpe dos Santiagos: um território real e imaginário onde o real e ficcional combinam em mágico.

Constitui então uma síntese em prosa e poesia da história das terras do cerrado norte mineiro.

Numa manhã de outuno de 2018, recebi a notícia que há tempos esperava: a Intertv MG 1ª Edição – Grande Minas foi até a zona rural do município de Fruta de Leite para contar as

Histórias dos moradores e fazer uma travessia pelo Cerrado.

Anos depois numa tarde de primavera a Inter TV 1ª Edição – Grande Minas

Biblioteca do MG: me convidou para participar do MG1 – “Escritor de Salinas fala das suas obras numa uma entrevista com Délio Pinheiro e Michele”.

A entrevista foi um prêmio pra mim e um acontecimento cultural.

A partir desta entrevista minha vida já não foi a mesma, pelo reconhecimento da minha obra.