Enquanto eu estava a pesquisar alguns poemas e textos, me deparei com um trecho textual composto por Renato Teixeira em que nos diz: “Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe! Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou nada sei! Conhecer as manhas e as manhãs; o sabor das massas e das maçãs”! E quando então refletia, questionei-me: “será que estamos verdadeiramente saboreando as massas e as maçãs”? E ainda assim, por falar em saborear, questionei-me: “estamos saboreando os morangos de nossa vida”? De certo modo, podemos dizer que falta a muitos de nós a compreensão de que nenhum problema pode nos impedir de sermos felizes. O estrategista francês, Napoleão Bonaparte, já nos alertava que “a impaciência é um grande obstáculo para o bom êxito”.
Desse modo havia um homem que quando estava a cair de um barranco, imediatamente percebeu que próximo a ele havia raízes de uma árvore e se agarrou nelas para não cair no precipício. Ele então pensou que agora estaria são e salvo. Como se não bastasse, quando olhou para cima, se deparou com um grande urso que rosnava com dentes à mostra e muito afiados, que parecia querer devorar a cabeça do homem. E ainda, por conseguinte, o homem naquela hora volta seu olhar para baixo e havia nada mais, nada menos do que seis onças que estavam famintas e tentavam agarrar os pés daquela potencial presa.
Aquele homem sem saber o que fazer, voltou-se para todos os lados, quando percebeu que do seu lado esquerdo havia alguns ramos e nesses ramos viu algo que refletia a luz do sol – um morango muito vermelho com escamas douradas. O homem não pensou duas vezes, apoiou seu corpo do lado direito e virou-se para o lado esquerdo; alongou o braço e se apossou do morango. Ao tê-lo em mãos, o homem pode ainda mais contemplar a beleza daquele lindo morango. E o levou até a boca, sentindo suculento e o doce sabor. Ele experimentou ali um prazer supremo!
Nesse instante alguém poderia se perguntar: “e o urso”? O homem já não se importava mais com o urso. “Mas e as onças”? O homem não prestava mais a atenção às onças. Bem, esse conto serve para nos lembrar de que, por vezes, concentramos nossas forças apenas nas adversidades do dia a dia, quando deveríamos nos concentrar nos “morangos” que a vida nos propõe! De certo que o verdadeiro homem mede a sua força quando se defronta com o obstáculo, nos ensina o escritor Antoine de Saint-Exupéry. Na verdade tudo tem seu devido tempo! Quando a hora é de contemplar e saborear morangos, que o façamos por completo; mas se a hora é para enfrentarmos as onças e ursos, então que façamos a luta! O que não podemos é deixar de saborear os morangos e viver de mau humor com nossos familiares, colegas de serviço e com os amigos somente porque temos ursos e onças para enfrentar. Afinal ursos e onças nós encontraremos em nosso caminho até o final do último suspiro de vida! Precisamos mesmo é aprender a saborear os morangos para que a vida tenha um gosto e um significado maior de força, equilíbrio e felicidade! Certa vez, o poeta sulista, Mário Quintana disse: “um dia… pronto! Me acabo. Pois seja o que tem de ser. Morrer: Que me importa? O diabo é deixar de viver”.