Neste momento você pode estar em sua casa, no carro, talvez sentado no sofá ou deitado em sua cama. Então eu gostaria de lhe fazer uma pergunta. Responda-me uma coisa: “no que você está pensando?” Você sabia que em cada pensamento seu você está em uma atividade mental de reflexão do seu passado ou do futuro? E que através dessa imaginação você pode recriar o acontecido ou mesmo constatar que o seu amanhã pode criar o seu presente? Talvez você ainda não tenha compreendido. Mas o seu pensamento é o ensaio da ação, isso é o que nos garante Sigmund Freud, psicanalista inglês.
Vale destacar que se você, por exemplo, marcar uma viagem para daqui três meses, iremos compreender que a sua segunda-feira próxima com certeza ficará mais interessante, concorda? Pois de fato grande parte de sua energia e concentração de ideias estarão voltadas à realização desse projeto, dessa ideia ou dessa programação que você decidiu e determinou para si. Para o filósofo Confúcio, “aquele que não prevê as coisas longínquas expõe-se a infelicidades próximas”.
De fato o que pensamos tem peso definitivo no que somos, no que fomos e no que pretendemos ser. É indubitável compreender que muitos idosos e até dependentes químicos não veem cor em sua vida justamente por não terem perspectivas de tempos vindouros, de precisarem que a vida se faz somente no agora e que por isso o que acontece já é apenas o que importa. Em contrapartida podemos dizer ainda que o agora é o resultado do que você primou em sua vida no ontem. Isso quer dizer que o seu passado desenhou o seu futuro e você o coloriu totalmente ou deixou que ele se tornasse um amontoado cinza.
Do mesmo modo que quando interpretamos que o que fizemos ou o que aconteceu conosco não nos serve mais, podemos entrar em um estado melancólico ou pesaroso por não darmos razões eficazes e produtivas de aprendizado para o presente e para o próprio futuro. Certa vez uma mulher realizou uma festa em seu sítio e sua irmã que morava nos Estados Unidos veio especialmente para estar com ela.
Durante a festa a irmã visitante foi atacada por uma parada cardíaca e faleceu. E a partir dali todos ficaram muito tristes e não voltaram mais naquele sítio. A irmã entrou em um estado tristonho porque se sentia culpada pela morte de sua irmã. Contudo em outra oportunidade quando ela compreendeu que apesar daquela fatalidade, sua ente querida veio para estar com ela naquele dia de festa em razão do amor, do carinho e da profunda consideração por ela. Quando então essa senhora compreendeu isso, mudou completamente seu pensamento e passou a viver mais feliz e sem sentimentos de culpa.
Por conseguinte a vida se faz assim: “nada tem sentido até darmos o significado que cogitamos em nossa mente”. Se tivermos bons olhos aos acontecimentos, ainda que eles tenham raízes negativas, poderemos ter aprendizados e colocar em prática o otimismo, os sentimentos bons de empatia e cuidado para consigo e para com o outro. Somente podemos cuidar do outro a partir do momento que cuidamos de nós mesmos e sentimos em nosso íntimo, em nossa essência que nem tudo podemos controlar e dominar, e por isso nos fazermos livres e nos perdoarmos para podermos seguir com força e ânimo para o que ainda nos espera mas que já concebido em nossa mente.