A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), na manhã desta sexta-feira (26/4), cumpriu, em Januária, região Norte do estado, mandado de busca e apreensão expedido para a residência de uma mulher, de 29 anos de idade, investigada por aplicar golpes em idosos e pessoas com baixa instrução escolar, no município. A suspeita foi presa preventivamente em Belo Horizonte, na capital mineira, para onde havia fugido.
Sobre a investigação, o delegado William Araújo contou que tomou conhecimento dos golpes aplicados pela suspeita e instaurou um procedimento para apurar os fatos. Inicialmente, através de cruzamento de dados, encontrou registros lavrados por algumas vítimas que denunciavam a contratação de empréstimos sem autorização, cujos valores não eram creditados em suas contas.
A investigação revelou que a suspeita, quando era funcionária de uma agência bancária, teria se aproveitado do cargo para realizar vários empréstimos, porém, após ser descoberta, foi demitida.
Desde então, para prosseguir com a fraude, ela passou a fingir que trabalhava em uma outra instituição financeira, em Januária. No local, ela abordava as vítimas oferecendo ajuda e, assim, realizava contratação de empréstimos. Os valores eram transferidos para a conta pessoal dela ou de pessoas próximas.
O delegado esclarece que a investigada escolhia as vítimas idosas e, ainda, aquelas com baixa instrução de alfabetização ou com dificuldade para usar os caixas eletrônicos, enganando, assim, um grande número de vítimas. “As apurações apontam um prejuízo estimado em R$ 600 mil, valores que foram subtraídos pela suspeita. Mas dada a fase da investigação, esse prejuízo pode ser ainda maior, chegando a R$ 1 milhão”, pontuou William.
Segundo o delegado, com o conjunto probatório reunido, representou por medidas cautelares em desfavor da investigada, de prisão e de busca e apreensão.
Durante as buscas, documentos e vários cartões bancários foram apreendidos na casa dela, em Januária. A suspeita foi presa preventivamente em Belo Horizonte com apoio da Delegacia Especializada Antissequestro (DAS), pertencente ao Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
Todas as provas serão anexadas ao procedimento em trâmite que apura o crime de furto qualificado.
As investigações continuam.