A coluna é curta, mas não é daquelas que devemos ler com rapidez: é preciso pensá-la com calma e ler com a alma.
Ler esta coluna pelo WebTerra é sempre uma viagem muito grande.
A @webterra pega o leitor pela mão e o convida, literalmente, para uma viagem até a vila dos contadores de histórias ou Lagoinha, que é o título e a imagem que aparecem na capa do meu livro, com o subtítulo: travessia pelas profundezas do Cerrado e vai pelos caminhos fazendo travessias por lindas veredas e, ao longo das mais de 100 páginas, soma lindas histórias de personagens iletradas desse universo.
Lagoinha é uma pequena vila, sai da boca do poeta e vai ganhando significado enigmático, assim como muitas outras palavras do livro: se mostra hora coloquial e quase banal, hora estranha e enigmática.
Este choque entre o corriqueiro, o popular, o cotidiano por um lado e o estranho, o enigmático, o hermético, por outro lado, é também uma característica de todo o livro.
Além disso, Lagoinha é também uma imagem gráfica da capa do livro, que é para o poeta o símbolo do infinito.
Assim, o movimento da história e das ideias de certa maneira vai do quase nada ao infinito.
Um dia alguém vai dizer que a terra da família de Milton, se entrelaça com a poesia, revelando belezas naturais que encantam os visitantes e os leitores.
Entre morros e córregos serenos, a vila respira a inspiração do poeta em cada vereda e em cada verso.
As paisagens refletem a essência lírica do poeta, transformando cada visita em uma jornada poética pela história e pela natureza.
As visitas e a leitura serão mais do que uma simples viagem, é uma experiência que nos conecta com a alma do lugar e com a poesia eternizada nas palavras do poeta.
Em comum, são todas pessoas que em algum momento se encontram numa certa vila, em algum lugar no mundo, questionando a colonização, a ancestralidade, o mercado de trabalho e seus derivados, afinal é gente a fim de tirar um momento sua da vida para andar pelo Cerrado Norte Mineiro, como fez o escritor, jornalista e hoje Dep. Federal Délio Pinheiro, dando um recorte de atenção ao livro, quando trabalhava na Inter tv, que comparou minha obra com a de Guimarães Rosa pelo sertão e Mia Couto pela Savana.
Encerro esta coluna agradecendo à Maria Fernanda Moraes que em determinados momentos me inspirou a escrever parafraseando esta coluna e dedicando Liz Fortunato autora da Capa.