No último domingo (14), ocorreu um roubo de 20 toneladas de escoras que eram transportadas de São Paulo para Montes Claros. A carga foi roubada na BR-381, no município de Atibaia, segundo a Polícia Militar de SP.
A carga seria utilizada no processo de estabilização do Edifício Roma, que nessa segunda-feira (15), completou uma semana que precisou ser interditado e evacuado devido abalo em um de seus pilares e risco de desabamento do prédio.
As escoras foram solicitadas pela construtora responsável com o objetivo de dar apoio e reforçar a estrutura do edifício, já que cada escora suporta até oito toneladas cada.
O carregamento saiu da cidade de Itapevi, Região Metropolitana de São Paulo para Montes Claros, Norte de Minas.
De acordo com o Boletim de Ocorrências, durante a viagem o motorista percebeu um forte estouro em uma das rodas do caminhão. Ele parou a carreta e desceu para averiguar o que havia acontecido, quando foi surpreendido por três indivíduos armados que o renderam, e anunciaram o assalto.
Após a rendição, o homem foi vendado, e teve suas mãos e pés amarrados. Ele foi levado para um sítio, onde permaneceu em uma casa, sendo vigiado por um casal, enquanto os bandidos roubavam a carga.
Após algum tempo, o homem foi colocado novamente no carro e encaminhado até o local do roubo. Ele foi solto e percebeu que o caminhão estava vazio e com alguns danos aparentes.
Por meio de nota, a Construtora Turano informou que que não tem nenhuma pista que possa levar aos autores do roubo das escoras. O valor da carga não foi revelado. Eles também afirmam que já solicitaram um novo carregamento de escoras para ser enviado para Montes Claros.
Riscos
De acordo com o advogado Elio Ribeiro, assessor jurídico da Turano, as avaliações do prumo (que aponta se o prédio continua estável), seguem diariamente. “O prédio está sendo monitorado e ele está no prumo. Ele não altera para os lados e não tem aprofundamento. Isso é medido diariamente e está tranquilo”, afirmou.
“Está sendo um esforço muito grande para dar uma resposta concreta aos moradores e demais atingidos”, informou o assessor jurídico, Ribeiro. Ele disse ainda que a emissão dos laudos poderá sair até esta terça-feira (16).
O advogado ressaltou que a construtora responsável tomou “todas as providências” para garantir assistência aos moradores e “todas as pessoas atingidas em seu entorno”, afirmou.
Veja nota emitida pela construtora:
“A Turano Construtora comunica que segue implementando medidas visando a segurança e o bem-estar dos moradores e vizinhos do Edifício Roma, que, neste momento, são a prioridade da empresa.
A estrutura do edifício está sendo monitorada diariamente, tendo sido avaliada a manutenção de sua estabilidade desde o fato. Além disso, todo o trabalho técnico para a garantia desta segurança segue atendendo às normas aplicáveis, sendo acompanhadas por equipe técnica altamente qualificada, contratada exclusivamente com este objetivo; pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros; e nenhuma providência será tomada sem a liberação de todos esses envolvidos.
No início da próxima semana, os primeiros estudos técnicos devem ser liberados, quando poderão ser definidos os prazos para apresentação das soluções necessárias, inclusive para retorno dos afetados que residem no entorno do Edifício.
Assim que avaliado e liberado pelas autoridades públicas competentes, uma equipe multidisciplinar capacitada também garantirá o acesso gradual dos moradores às dependências do edifício.
Mais uma vez, a empresa lamenta profundamente o fato, nunca ocorrido nestes mais de quinze anos de sólida atuação da empresa no mercado, e destaca que seguirá comprometida com a solução do problema, com foco no bem-estar e na segurança de todos os afetados, agradecendo a compreensão neste momento delicado.
Caso tenham alguma dúvida ou necessitem de mais informações, não hesitem em entrar em contato conosco por meio dos canais de comunicação: e-mail: contato@turanoconstrutora.com.br ou telefone (38) 3213-7797.”
TURANO CONSTRUTORA
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Entenda
Após o Edifício Roma ser interditado no dia 8 de abril, após abalo na viga de sustentação de um dos pilares, os moradores foram retirados do local, devido o risco de desabamento. Residências e comércios próximos também foram esvaziados, para conter o risco. Entre os comércios interditados, estão: posto de gasolina, bares e academia. Além disso, o trânsito também foi interrompido no local.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, ao todo, 127 pessoas tiveram que deixar suas casas. Entre elas, 45 moram no Edifício Roma. Diante do ocorrido, outro prédio de 16 imóveis, próximo do local, também foi evacuado.