No início de 2024, os consumidores enfrentam um cenário desafiador no mercado de alimentos, com aumentos significativos nos preços de raízes, legumes e frutas. Este aumento é atribuído à sazonalidade das safras e aos efeitos climáticos adversos que afetaram a produção agrícola.
A economista do Departamento de Economia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Unimontes, Vânia Vilas Boas destaca que os alimentos in natura, conhecidos como “HortiFruti”, tendem a ter sempre um aumento nos meses de janeiro e fevereiro devido o período do verão.
“Em dezembro, as regiões produtoras foram afetadas por condições climáticas adversas, como excesso de chuvas em algumas áreas e muito sol em outras, impactando diretamente os preços dos alimentos. Esses eventos climáticos extremos prejudicaram diretamente a oferta disponível no mercado, levando a um aumento nos valores desses alimentos”.
Ela ainda afirma que mesmo com a chegada do outono, onde se espera uma estabilização das condições climáticas, a tendência é que os preços dos alimentos permaneçam elevados nos próximos dois meses.
Nos sacolões e supermercados em Montes Claros, verduras e frutas sofreram variações do final de 2023 até o momento. O tomate longa vida está custando em média R$ 8,98 kg , a batata inglesa está na casa dos R$ 4,98 kg. A banana não está com a preço de banana, pois quem gosta de consumir a fruta vai precisar pagar aproximadamente R$ 9,oo na dúzia (dependendo da variedade). A laranja beira rio R$ 4,49, e a maça R$ 8,98.
A dona de casa, Irani Estevam que costuma comprar frutas regularmente por questões de saúde e bem estar de sua família, se sentiu diretamente afetada com o aumento nos preços.
“Percebi que não poderia mais comprar com a mesma frequência, isso interferiu na minha alimentação e também no meu orçamento doméstico”.
Apesar das perspectivas de queda no segundo semestre, os consumidores enfrentam o desafio imediato de lidar com preços elevados e inflação alimentar, que já atingiu o dobro do índice geral nos primeiros meses do ano. Diante desse cenário, torna-se essencial adotar estratégias para acalmar os impactos financeiros e garantir a segurança alimentar das famílias.
Texto por: Ane Mello