Foi realizado nessa terça-feira, 12, pela Prefeitura de Montes Claros, através da Diretoria de Qualificação Profissional da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e da Diretoria de Licitações, juntamente com representantes do Conselho da Comunidade Penal de Montes Claros, do Programa de Ressocialização de Egressos do Sistema Prisional (PRESP) e do Instituto MASDHE, para tratar do fluxo do BANCO DE OPORTUNIDADES, criado pelo município através da Lei 5.079, de 2018, que prevê o encaminhamento, para empresas que prestam serviços à prefeitura, de egressos do Sistema Prisional e de pessoas em situação de rua.
O Banco de Oportunidades é parte integrante da metodologia usada pelos projetos Para Além das Prisões e Jardins para Borboletas, que trabalham com a inclusão socioeconômica desses dois públicos. Os projetos foram criados sob a direção do Ministério Público de Minas, na pessoa do promotor de justiça Dr. Paulo César Vicente de Lima, e envolveu parcerias com a Prefeitura de Montes Claros, Polícia Militar, Unimontes, Conselho na Comunidade Penal da Comarca de Montes Claros, dentre outros.
No momento, há mais de 100 (cem) obras em andamento no município e 5% das vagas são destinados a estes projetos, que têm mudado a vida de muitas pessoas e suas famílias, reintegrando-as, de forma economicamente produtiva, à sociedade. Muitos deles eram dependentes químicos e foram recuperados.
Os projetos não apenas oferecem emprego, mas também ressignificam e dignificam a vida dessas pessoas, através de uma metodologia inédita denominada Resiliência Empreendente, que embarca o MASDHE (Marco Sequencial de Desenvolvimento Humano Empreendente), uma tecnologia social que, de forma gradativa, reestrutura a capacidade cognitiva afetada pela exclusão e pelas drogas e centra a identidade do indivíduo na construção de novos propósitos de vida.
Resultado de estudos, aplicações e pesquisas feitas por cerca de 20 anos, o MASDHE tornou-se ferramenta indispensável no trabalho com públicos hipervulneráveis. Seu idealizador, o professor Wellington F. Silva, a disponibiliza para qualquer Organização da Sociedade Civil que a queira utilizar. “É um conhecimento que precisa ser disseminado pelo país todo e que está disponível para quem quiser. O Instituto MASDHE foi criado com esse objetivo”, afirma ele.