Coluna Sal da Terra: prosa/poética faz bem à alma e ao coração

Foto: Milton Santiago

A prosa e a poesia caminham juntas, já que algumas coisas só podem ser ditas nas frases de uma prosa e outras apresentadas nos versos de um poema.

Tento fazer uma prosa/poética mais refinada e ter uma grande certeza que minha obra faz bem à alma e ao coração.

Quero atravessar rios, pontes e águas mágicas de Salinas com minhas histórias.

Pontes essas capazes de transformar de tal maneira quem as leem, como se é capaz de, também, traduzir a vida em imagens poéticas só alcançáveis em forma de metáforas inimagináveis.

Meus versos serão pássaros que voam a procuram do ninho,
e minha prosa/poética são peixes que nadam no Landinho.

   

Nesta prosa poética busquei envolver o leitor com imagens ricas e expressões artísticas, capazes de produzir sentimentos profundos e um senso de beleza do Rio Salinas.

Busquei conectar o leitor à essência deste universo salinense, transformando-o e revelando a natureza de uma nova maneira.

O colunista dedica esta coluna aos jornalistas, Délio Pinheiro e Michele Carvalho

Esta fábula trata de um apelo ecológico à vida, à natureza como um ser vivo dependente de todos os seus recursos, renováveis ou não, para continuar vivendo.

Alguns deles, imprescindíveis para a vida, é o Rio, a água e o sonho.

Na narrativa afirmo que o rio Salinas disputava o reino dos pássaros e dos peixes, talvez pela sua imensidão ancestral.

Hoje em dia, percebemos uma queda dos recursos naturais e já é visível a consequência dessa perda, pois conforme a história de Salinas: o rio tornou-se um filete de água. Desse fato, resultou a sede.

Água, peixes, bichos e plantas adoeceram.

E o Rio Salinas virou filete de água e os pássaros pararam de cantar, perderam até o pio.

Para solucionar tal problema precisavam conhecer o alfabeto da vida, coisa que grande parte dos viventes desconhece, pois a existência humana é cheia de “letras e códigos ainda desconhecidos.