Conheça um pouco do deputado Esteves Rodrigues, um defensor dos interesses do Norte de Minas

Créditos: Hélder Maurício / Divulgação


A principal avenida de Montes Claros, chamada normalmente de Avenida Sanitária, tem como nome oficial Deputado Esteves Rodrigues, em homenagem ao homem público que muito fez não só pela nossa cidade, mas para todo o Norte de Minas. Nascido em 16 de outubro de 1903 na cidade de Sete Lagoas, José Esteves Rodrigues era filho de Américo Esteves Rodrigues e Maria Maia Meneses.

De acordo com o arquivo da Câmara Municipal, Rodrigues estudou Engenharia de Agrimensura na Escola Mineira de Agronomia e Veterinária, diplomando-se no Rio de Janeiro, na Escola de Engenharia do Rio de Janeiro. No Rio ele também cursou Direito, bacharelando-se em 1938.

Casou-se com Dona Ana Lopes Esteves e, com ela, teve três filhos: Aderbal Esteves, Maria Lica e Terezinha Pena.

José Esteves ocupou diversos cargos públicos em sua trajetória política. Foi vereador em Montes Claros, secretário de Aviação e Obras Públicas do Estado de Minas Gerais, suplente de senador e, por fim, deputado federal.

Em seu ofício como homem público, ele trouxe muito desenvolvimento para cá.  É dele, por exemplo, a iniciativa de incluir Montes Claros e a região norte mineira no Polígono da Seca, proporcionando sua participação na Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste). Um fator que pesou na decisão foi o clima daqui se parecer muito com o da região Nordeste, caracterizado por períodos de seca forte.

Esteves não mediu esforços para angariar recursos para a construção das pontes sobre o Rio Verde, ligando Montes Claros a Francisco Sá. Ele também concretizou a construção do Fórum “Gonçalves Chaves” e de vários prédios escolares em Montes Claros e cidades vizinhas.

Atuou como professor de Geografia e História no Ginásio Municipal e no Instituto Norte Mineiro, além de advogado.

Foi um dos fundadores e o primeiro presidente da Loja Maçônica “Deus e Liberdade”. Conta a História que foi através desta loja que Esteves conseguiu apaziguar duas correntes políticas rivais de Montes Claros.

Segundo o escritor e jornalista Itamaury Teles de Oliveira, na década de 1930 existiam, na cidade, duas facções políticas: Straps e Pelados. Esses movimentos representavam dois segmentos políticos antagônicos: o partido de Camilo Prates, na região baixa da cidade; e o partido dos operários, na parte alta de Montes Claros, representado pelo deputado João Alves. “Por coincidência, dentro da loja havia integrantes de ambas as correntes políticas, que no local se confraternizavam como irmãos. Podemos dizer que a Loja Maçônica pacificou a política local”.