Chefe de grupo que falsifica diplomas de Medicina, foragida do RJ, é presa em Montes Claros

Foto: Polícia Rodoviária Federal

A PRF deteve uma mulher, apontada como à chefe de uma quadrilha especializada na falsificação de Diplomas de Medicina, durante uma fiscalização ocorrida no Km 514 da BR 251, em Montes Claros (MG), no início da tarde desse domingo (27/08).

A detenção ocorreu após a passageira de um veículo Jeep Compass, com placas de Montes Claros (MG), apresentar uma CNH Digital de outra pessoa, com intuito de tentar enganar os policiais.

Após a tentativa de fraude ser descoberta, os policiais verificaram que a passageira A.M.M.N, de 42 anos, possui um Mandado de Prisão em Aberto, em seu desfavor, emitido pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro (RJ).

A ocorrência foi encaminhada à Delegacia da PF em Montes Claros (MG) para os procedimentos cabíveis.

O esquema

A Polícia Federal revelou que falsos médicos pagavam até R$ 400 mil por diplomas de faculdades de medicina. Pelo menos 65 registros foram obtidos junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) com documentos falsos.

Esquema criminoso falsificava os documentos e vendia para falsos médicos. O delegado da Polícia Federal Francisco Guarani explicou ao Fantástico que “a investigação conseguiu apontar que de fato existia uma estrutura empresarial nessa venda de diplomas falsos e históricos escolares falsos.”

A quadrilha usava papel de qualidade e conseguia reproduzir o logotipo de universidades brasileiras. A maioria dos registros fraudados era da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Em nota, a universidade informou que “todos os documentos recebidos pelo Cremerj não foram emitidos ou assinados pela universidade e são ilegítimos”, revelou a reportagem.

A investigação mostrou que, com documentos falsos em mãos, os suspeitos se passavam por estudantes formados e conseguiam empregos, principalmente em prefeituras. Os criminosos também criaram um e-mail falso para enviar o diploma fraudulento quando os conselhos regionais de medicina solicitavam a documentação.

[Com informações de O TEMPO]