A Polícia Civil de Minas Gerais conclui inquérito policial que apurou o crime de tortura contra um homem de 48 anos, que foi perseguido por quatro homens e logo após foi agredido com pauladas e colocado à força dentro de uma caminhonete no dia 18 de maio, em frente uma loja de pneus na Avenida Governador Magalhães Pinto, próximo ao Parque de Exposições em Montes Claros.
De acordo com a delegada Dra° Francielle Drumomd os autores levaram o homem até o reservatório da Copasa onde continou sendo agredido e encontrado por um transeunte que acionou a Polícia Militar (PM). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e socorreu a vítima para um hospital.
“Quando o crime aconteceu quatro pessoas foram identificadas, mas logo em seguida a PC apurou a participação de uma quinta pessoa, o patrão da vítima (48 anos), que seria o mandante do crime. A delegada destacou que a motivação do acontecimento se deu pelo fato da vítima ter furtado uma vaca deste autor para vender e comercializar a carne para quitar dívidas. O furto do animal não foi registrado formalmente e com isso não tínhamos conhecimento do fato”.
Segundo a PC, quando a vítima estava sendo agredida perto do reservatório, o mandante do crime ligou para um dos seus funcionários dando ordens sobre o que deveria ser feito com o homem e uma delas era devolver o valor pela morte do animal. Uma moto foi repassada aos autores como forma de pagamento num primeiro instante; mas hoje a motocicleta está sob custódia do estado.
“Nós apuramos que horas depois do crime de tortura todos os envolvidos receberam pix com pagamentos do “serviço” realizado. Dois dias depois a PC representou pela prisão temporária de todos os envolvidos, e obteve êxito em prender três deles e até o momento dois estão foragidos; um deles o mandante. Após 30 dias a prisão foi revertida para preventiva, porém um deles (motorista da caminhonte usada no crime), por ter uma idade avançada e apresentar problemas de saúde ( 70 anos), está respondendo em liberdade, disse a delegada”.
Todos os detidos foram indiciados pelo crime de tortura e tortura com resultado de lesão grave com pena de até 10 anos e uma marjorante de 1/3 em razão do crime ter sido praticado mediante sequestro.