A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegaram a um acordo que diminuiu de cinco anos para 90 dias a suspensão ao jogador Wallace Leandro de Souza, do Sada Cruzeiro e da seleção brasileira.
“A intenção das entidades esportivas, da Advocacia Geral da União e do Conselho de Ética do COB foi preservar a preparação de atletas e seleções brasileiras, adultas e de base, do vôlei e do vôlei de praia, até o fim do ciclo Paris 2024”, diz nota divulgada pelo COB.
Ele havia sido suspenso por três meses porque, no final de janeiro, publicou foto com uma arma na mão e abriu a caixa de perguntas em uma rede social para responder dúvidas. Um dos seguidores questionou se usaria a arma para dar um tiro no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O jogador respondeu com a abertura de enquete questionando quem faria aquilo.
Neste mês, o Conselho de Ética do COB aumentou a suspensão para cinco anos e determinou que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) fosse desligada do sistema do COB por seis meses, o que a impediria de receber repasses financeiros, inclusive das loterias. O motivo do aumento da punição seria porque Wallace entrou em quadra na final da Superliga masculina de vôlei, entre o Minas Tênis e Sada/Cruzeiro.
Agora a multa à CBV será revertida em projetos voltados para o uso consciente das redes sociais por parte dos atletas. Além disso, também cai a suspensão de Radamés Lattari, vice-presidente e que ocupava o cargo de presidente em exercício da CBV.
Confira alguns pontos do acordo:
Wallace irá cumprir novamente o período de suspensão de 90 dias e foi mantida a suspensão por um ano de convocações ou participações na seleção brasileira.
Além disso, o COB destacou que não reconhece a validade do resultado do jogo Minas Tênis x Sada/Cruzeiro em razão da participação de atleta afastado por determinação do Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil, resultado que permanece nulo, para todos os efeitos, para o Comitê Olímpico do Brasil.
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) fica obrigada a financiar, com recursos próprios, programa de valorização da postura ética de atletas nas redes sociais, sob a coordenação do Compliance Officer do COB.
Clique aqui e leia todo o acordo.
A CBV também divulgou uma nota para comentar o fim do imbróglio judicial.
A CBV agradece o empenho de todos os envolvidos em encontrar uma solução consensual. A CBV reafirma que não compactua com atos de incitação à violência, conforme manifestado desde o início. O momento é de retomar os valores do esporte como instrumento de união e não como meio de acirrar rivalidades. As partes têm a oportunidade de usar esse episódio como instrumento de transformação e educação para o uso responsável das mídias sociais. O voleibol brasileiro vai em busca da excelência, como potência mundial, ao lado dos seus parceiros, do Comitê Olímpico do Brasil e do Ministério do Esporte – diz a nota.
(Com informações de O Tempo)