Um homem, de 34 anos, foi assassinado a mando da facção criminosa PCC, em São Paulo. O operador de esteira Arisson Moreira Júnior, morreu após barrar duas bagagens suspeitas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A informação consta na denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP), segundo apuração do portal Metrópoles publicada nesta sexta (21).
No dia 9 de janeiro de 2020, Arisson trabalhava na esteira de embarque do Terminal 2, de voos nacionais, quando viu duas malas destinadas etiquetadas para um voo internacional, seguindo para Porto Alegre. Segundo as informações do Metrópoles, outro funcionário, de 56 anos, que não deveria estar trabalhando naquela data, tentou levar as bagagens para a conexão internacional, o que não foi autorizado pelo operador.
No relatório do MP explica que o segundo funcionário seria “membro de associação criminosa”. Entre as tarefas para o despacho ilegal de bagagens, ele seria o responsável por retirar as malas que continham 60 quilos de cocaína, avaliados em até R$ 30 milhões, e seriam enviados para a Europa.
O operador de esteira se negou a entregar o par de bagagens para o colega, que tentou arrancar as malas das mãos da vítima, mas não conseguiu. Tudo foi filmado por câmeras de segurança no local. Em seguida, Arisson acionou a Polícia Federal, que encontrou a carga de cocaína.
Dois dias depois da apreensão da droga, Arisson foi ameaçado pelo funcionário de 56 anos, que afirmou ter relatado a apreensão ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Em 13 de janeiro, quando voltava para a casa, o operador foi interceptado por criminosos e fuzilado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O funcionário que se envolveu na discussão com Arisson foi preso pelo Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP) de Guarulhos ainda em 2020, e condenado no ano passado a 33 anos, 2 meses e 12 dias de prisão, em regime fechado. Os homens que executaram Arisson ainda não foram identificados.
(Com informações de Metrópoles e Itatiaia)