Foi anunciado nesta segunda-feira (27), pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), uma aposta para enfrentar a epidemia de dengue e chikungunya no estado. Será uma biofábrica de mosquito com a bactéria “Wolbachia”.
A biofábrica vai produzir mosquitos portadores da bactéria, que serão soltos no ambiente para se reproduzirem com os Aedes aegypti e estabelecer uma população com Wolbachia. Esses insetos não são transgênicos, não transmitem doenças e ajudam no controle das arboviroses.
A biofábrica será instalada em um terreno do governo do Estado localizado no bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte, com um valor de construção de mais de R$ 20 milhões. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, a previsão é que a fábrica fique pronta até maio de 2024.
“A previsão é termos os primeiros mosquitos já sendo espalhados nessa região no final de 2024, e que o próximo ano epidêmico seja daqui a três anos”, analisou Baccheretti.
Casos em Minas Gerais
Até no último sábado (25), foram confirmados 46.619 casos de dengue. Até o momento quinze pessoas morreram no estado, por causa da doença. Sobre chikungunya, foram 10.895 casos confirmados e quatro mortes. Em Montes Claros, até o último boletim epidemiológico divulgado na última sexta-feira (24), três pessoas morreram de chikungunya na cidade.
O governador Romeu Zema (Novo), ressaltou gravidade do elevado número de casos no estado e da necessidade de cada um fazer sua parte, ao vigiar os possíveis focos de Aedes aegypti nas próprias casas e permitir a entrada dos agentes de saúde, por exemplo.
“Lembro que o ciclo de incidência elevada não ocorre geralmente em anos consecutivos, mas a cada três, quatro anos. Então, em caso de uma nova fase de alta – se é que viremos a ter -, teremos tempo para nos precaver. Com a fábrica a pleno vapor, milhões de mosquitos serão produzidos e soltos no estado, ajudando a conter o avanço da transmissão”, disse.
(Com informações de SES-MG)