O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, por reiteradas vezes, mencionou que, se todo brasileiro fizer três refeições por dia, sua missão estará cumprida.
Para atingir parte de sua meta e compromisso de campanha, Lula negociou com o Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC da Transição), que garantirá o cumprimento de algumas medidas para o primeiro ano de seu governo.
No entanto, o montante destinado à Distribuição de Renda, na PEC da Transição, no valor de R$600 por família, mais R $150 por cada filho menor de 6 anos, inicialmente não arremataria a missão do presidente eleito.
O Programa de Distribuição de Renda não visa apenas entregar o dinheiro todos os meses e virar às costas à família beneficiada. Nem poderia ser, pois, assim, seria de muita indiferença ao beneficiário e de iniciativa ineficaz maior ainda, e este não é o objetivo da macro política de Estado de distribuição de renda em nenhum lugar do planeta.
A proposta do novo governo que irá se iniciar, para dar certo, dependerá, necessariamente, do esforço de todas as esferas de governo, sobretudo dos prefeitos.
A figura do gestor municipal será de suma importância, não só para pôr comida na mesa certa das famílias pobres brasileiras, mas também para oportunizar à elas, meios de ascensão.
Desta forma, o prefeito jamais poderá se comportar como, apenas, cadastrador de famílias ao Programa.
Não, não é aceitável gestor municipal indicar ou beneficiar alguém de sua patota que não preencha os requisitos. Não é aceitável gestor pôr lista de beneficiários debaixo do braço para humilhar e tirar proveito político de famílias pobres.
O Programa é para promover dignidade e ascensão de mais de 30 milhões de brasileiros que passam sérias dificuldades, inclusive, de se alimentar.
Cabe ao prefeito identificar potencialidades do seu município, articular, planejar e criar políticas públicas de desenvolvimento local com a vocação econômica de sua cidade.
Cumpre ao prefeito mobilizar, estimular e qualificar familiares beneficiários do programa e inseri-los ao mercado de trabalho.
É dever substancial do prefeito organizar a cadeia produtiva das atividades de seu município, dotá-las de qualidade, alcançar quantidade e obter frequência.
Entra na pauta de serviços do gestor municipal, também, facilitar meios de colocação dos produtos de seu município nas gôndolas do mercado.
Então prefeito: preparado para a sua nova missão ou vai ficar esperando e dependo, somente, de repasses e programas governamentais, como um parasita?
Ou a desprimorosa pobreza que atinge parcela considerável da população de seu município não é problema seu?