Índice de confiança dos pequenos negócios registra queda em outubro

Uma pesquisa do Índice Sebrae de Confiança dos pequenos Negócios ouviu 1.551 pessoas entre os dias 3 e 15 de outubro. De acordo com a pesquisa, a confiança dos donos de pequenos negócios de Minas Gerais registrou 124 pontos, indicando tendência de aumento da atividade econômica. Contudo, de setembro a outubro houve queda de 8 […]

Uma pesquisa do Índice Sebrae de Confiança dos pequenos Negócios ouviu 1.551 pessoas entre os dias 3 e 15 de outubro. De acordo com a pesquisa, a confiança dos donos de pequenos negócios de Minas Gerais registrou 124 pontos, indicando tendência de aumento da atividade econômica.

Contudo, de setembro a outubro houve queda de 8 pontos no Iscon (variando de 132 a 124 pontos). As avaliações dos empresários em relação ao momento atual (últimos três meses) e também as expectativas de curto prazo tiveram uma piora em setembro.

O Índice de Situação Recente (ISR) ficou em 99 pontos, 4 abaixo se comparado a setembro, indicando que houve uma estabilidade nos últimos três meses. Já o Índice de Situação Esperada (ISE) teve uma queda de 10 pontos em relação a setembro, fechando em 137, mas ainda assim indicando otimismo de que a situação econômica melhore.


O setor mais confiante em outubro foi a Construção Civil, registrando 132 pontos. A indústria registou 125 pontos, o comércio 124, e o setor de Serviços registrou 123 pontos. A variação mais acentuada foi a do setor de Serviços, com queda de 9 pontos em relação ao mês anterior.

A pesquisa também mostrou que todos os grupos por porte apresentaram diminuição da confiança, sendo a mais significativa entre os Microempreendedores Individuas (MEI), com queda de 10 pontos, registrando 121. A confiança da Microempresa (ME) diminuiu 5 pontos, registrando 127, e a das Empresas de Pequeno Porte (EPP) caiu 8 pontos, registrando 133. Todos os portes também tiveram queda nos ISR e ISE.

A tendência de aumento da atividade econômica pode ser efeito do PIB divulgado em setembro, que indicou uma taxa de crescimento acima da esperada para o 2º trimestre, com avanços significativos tanto no consumo quanto no investimento. Outro acontecimento positivo foi a melhora dos gargalos de abastecimento dos produtos, com as cadeias de suprimento se estabilizando, além de uma acomodação dos preços das principais commodities no período recente, favorecendo a produção industrial.

A analista Izabella Siqueira, chama a atenção para os impactos das altas de preços. “O cenário inflacionário segue desafiador no Brasil e no exterior. No Brasil tem havido redução de preços administrados, principalmente devido à queda de impostos e à redução de preços de combustíveis no mercado internacional. Também houve uma queda incipiente de preços de produtos industriais. No entanto, a inflação ao consumidor segue elevada”, destaca.

Segundo Izabella, apesar da queda significativa em outubro, o Iscon ainda indica uma expectativa de melhora na economia e nas próprias empresas. “A economia, é bom ressaltar, tem apresentado uma retomada”, avalia.