Quem nunca teve um coleguinha de escola que sentava isolado da turma ou que fica pelos cantos estudando sem se interagir com o restante da sala?
Bom! Raramente você vai ouvir alguém dizer que nunca teve um coleguinha assim. E você se lembra de como estas crianças eram tratadas? Às vezes caracterizadas de tímidas e pacatas e chagavam a sofrer algum tipo de perseguição na sala pelo seu comportamento diferente, até mesmo os professores tratavam com indiferença, chegando a colocar de castigo ou julgando a criação dos pais.
Pois, se passaram os anos e a medicina hoje pode comprovar que muitos dos nossos colegas eram autistas, alguns chegaram a ser diagnosticados já na fase adulta.
Wentworth Millerreúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger. As causas do TEA não são totalmente conhecidas, e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam o mesmo peso na possibilidade de aparecimento do distúrbio. No mundo, segundo a ONU, acredita-se haver mais de 70 milhões de pessoas com autismo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem. A incidência em meninos é maior, tendo uma relação de quatro meninos para uma menina com autismo.
Eu mesma tenho vários colegas que foram diagnosticados na faze adulta, porém, só foram descobrir depois que perceberam algo diferente nos filhos, a partir dai, tiveram seu comportamento explicado pela medicina.
O autista consegue ter uma vida normal, como qualquer outra pessoa, porém, se descoberto ainda na infância, muito pode ser feito para que a pessoa diagnosticada venha ater uma vida muito melhor, compreendendo com mais clareza seu meu mundo.
Muitos pais deixam passar despercebidos alguns sintomas do autismo, isso pode atrasar o tratamento da criança e retardando sua evolução. Vou citar aqui alguns sintomas que a medicina usa como referencia. Os primeiros sinais do Transtorno do Espectro Autista são visíveis em bebês, entre 1 e 2 anos de vida, embora possam ser detectados antes ou depois disso, caso os atrasos de desenvolvimento sejam mais sérios ou mais sutis, respectivamente. A partir dos 12 meses, as crianças autistas não apontam com o dedinho, demonstram mais interesse nos objetos do que nas pessoas, não mantêm contato visual efetivo e não olham quando chamadas. É importante destacar os raros casos de regressão do desenvolvimento, identificados comumente após o menos 2 anos de desenvolvimento típico (denominado anteriormente como transtorno desintegrativo da infância). Por volta dos 18 meses já é possível realizar uma avaliação com um profissional especializado. Procure um profissional com especialização para não ficar perdido nos sintomas, pois alguns podem ser bem sutis. Pouco contato visual, dificuldade para expressar ideias e sentimentos, aborrecimento com mudanças na rotina, comportamentos repetitivos, maior interesse em objetos do que pessoas, maior sensibilidade a sons, luzes, cheiros ou contato, não responder ao próprio nome ao ser chamado, isso são alguns dos sintomas, os mais comuns.
Muitos homens e mulheres de influencia no mundo foram diagnosticados com autismo na fase adulta, como; Daryl Hannah, Elon Musk, Greta Thunberg, Susan Boyle e Wentworth Miller. Todos conseguiram se tornar pessoas de grande nome na sociedade.
O importante e saber que o autista tem seu próprio mundo, que tem sua forma diferente de viver a vida e isso não o tornam menos importante. Ainda temos muito que aprender com eles. Tive a oportunidade de trabalhar e atender autistas, sua sensibilidade me encantava a forma de resolver os problemas com detalhes e a visão diferente da rotina, realmente é encantadores. Autistas podem não identificar, por exemplo, como o tom de voz e expressões faciais são capazes de mudar o significado do que alguém está dizendo. Por isso, são mais propensas a interpretar as coisas literalmente e podem ter dificuldade de entender sarcasmo, metáforas ou expressões incomuns. Uma das características do espectro autista é a dificuldade de abstração, mesmo nos casos mais leves. Eles tem dificuldade de imaginar, entendem as situações de forma concreta, isso faz com que tenham dificuldade de entender o sarcasmo, humor, figuras de linguagem, situações de duplo sentindo e etc. acho importante que todas as pessoas entendam pelo menos o básico referente ao autismo, para que possamos melhorar a convivência.
É necessário lembrar que os pais devem manter uma rotina normal na vida dessas crianças, incluído escolas, passeios e a pratica de esportes.
Convido vocês a conhecer melhor este mundo, visitando alguns sites e estudos recentes com referencia ao assunto, talvez você que esta lendo aqui tenha se identificado com alguns daqueles sintomas ou conheça alguém que tenha e passe a entender a importância do diagnostico precoce.
Venho conhecer um mundo lindo e encantador além dos seus olhos.