Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, a América Latina investe menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em Ciência e Pesquisa, com exceção do Brasil que investe 1,26%, contudo abaixo da média mundial, que é de 1,79%. A América Latina como um todo seguiu tendência de redução nos investimentos em ciência. O continente foi de 0,73% para 0,66%.
Em todo o mundo, destaque para países com economias avançadas e emergentes asiáticos. A África do Sul e o Egito também impulsionaram o investimento em pesquisa. Partiram de 0,77% e 0,64% para 0,83% e 0,72% respectivamente. O Sudeste Asiático teve expansão de 2,03% para 2,13%, impulsionados especialmente por Tailândia e Vietnã. No Oriente Médio, os Emirados Árabes Unidos iniciaram uma forte expansão da ciência, que inclui o envio de uma sonda para Marte. O gasto do PIB do pequeno país em desenvolvimento foi de 0,69% para 1,30%.
Os dois maiores mercados mundiais lideram o levantamento em volume de recursos. Estados Unidos (US $476,5 bilhões anuais) e China (US $370,6 bilhões) são os países que mais investem e representam, sozinhos, 62% do investimento global na área.
Os países que mais avançaram, levando em conta o seu PIB nacional foram:
1-Coreia do Sul (4,3%)
2- Israel(4,2%)
3-Japão (3,4%)
4-Suíça (3,2%)
5-Finlândia (3,2%)
64-Brasil (1,26%), o Brasil chegou a ocupar o 32º desse ranking
Pandemia e ciência
O relatório da Unesco ainda reforça a importância da ciência para o progresso da humanidade. A pandemia de covid-19 evidenciou como nunca a relevância dos estudos realizados em colaboração entre países e a necessidade de novas tecnologias de forma veloz. “No final de 2019, uma nova cepa de coronavírus, denominada SARS-CoV-2, foi detectada na China antes de se espalhar rapidamente pelo mundo. Desde o princípio, os cientistas compartilharam informações e dados entre si, a começar pelo genoma sequenciado do novo coronavírus, no início de janeiro de 2020”, destaca o relatório.
“A pandemia demonstrou os benefícios dessa cultura de compartilhamento, tanto dentro como fora das fronteiras nacionais. Desde 2015, tem ocorrido uma crescente colaboração científica internacional em várias partes do mundo. Rapidamente, muitos governos estabeleceram comitês científicos para administrar a crise. Isso permitiu que testemunhassem, em primeira mão, as vantagens de se ter especialistas locais para monitorar e controlar a progressão do vírus”, completa a Unesco.