Poliomielite: entenda os riscos de não vacinar as crianças

Brasília - Crianças e adolescentes são vacinados no Centro de Saúde nº 8, da Asa Sul, durante o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, que ocorre neste sábado em todo o Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem no Brasil foi em 1989. Esse vírus é o causador da Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, uma doença contagiosa aguda que pode infectar crianças e adultos e deixar importantes sequelas.

A doença pode causar desde sintomas leves, como um resfriado comum a problemas graves no sistema nervoso, como paralisia irreversível, principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade e, em casos mais graves, pode levar a óbito. A infectologista Joana D’arc alerta:

“A poliomielite é uma doença que era considerada grave porque algumas pessoas que se infectavam desenvolviam uma forma súbita de paralisia dos membros inferiores. Por meio da vacina, a gente acabou erradicando essa doença, o que é um ganho enorme para nossa sociedade, mas o vírus ainda circula em alguns países e pode ser reintroduzido se a gente não vacinar os nossos filhos. ”

O país recebeu o certificado de eliminação de pólio em 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas da saúde. Em 2021, o percentual ficou abaixo de 70%, sendo que o ideal é que 95% das crianças menores de cinco anos estejam vacinadas.

O SUS oferece duas vacinas para a imunização contra a Poliomielite: a inativada, que deve ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade; e a atenuada, aquela da gotinha que deve ser aplicada aos 15 meses (primeiro reforço) e 4 anos de idade (segundo reforço).

Para alcançar a cobertura vacinal de 95% das crianças vacinadas em 2022, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação mobiliza toda a sociedade para levar os pequenos aos postos de vacinação até 30 de setembro. Também é a oportunidade para atualizar a caderneta de vacinação do adolescente menor de 15 anos de idade.

Cerca de 40 mil salas de vacinação em todo país disponibilizam as vacinas contra a Poliomielite. Essa é uma oportunidade para atualizar as cadernetas de vacinação, proteger as crianças e os adolescentes e controlar doenças imunopreveníveis.

[Com informações de Brasil 61]