É mais que um esforço de pensamento que nasce de dentro para fora como parte do processo intuitivo ou o talento criativo.
Note-se que é particular e diferenciado do instante mágico da criação, que se manifesta pela INSPIRAÇÃO – EMOÇÃO:
– META LINGUAGEM.
Afinal, o que é metalinguagem poética?
Quando o poeta reflete sobre o fazer poético, parece explicar para si mesmo e para os leitores o momento catártico que permeia a criação e dá vida a um poema.
Este é o primeiro momento: intuição, o insigth – que bate asas tão rápido como um beija-flor pairando no ar.
Aí vem o segundo momento de criação poética – A TRANSPIRAÇÃO – que é a ação artesanal, o tear a peça, na qual prevalece a compreensão, dando-lhe formato definitivo, aí surge a peça poética, no meu caso a poesia.
Os versos são sempre pássaro que querem voar.
Louvemos os “doidinhos”, que é o pai do belo e do inusitado que nos faz pensar, viajar, fantasiar e sonhar.
Afinal, é o leitor que vai fazer uma noção dos conceitos emitidos no poema para o universo pessoal.
E este cria um mundo de si para si.
Nem sempre se repete no receptor a proposta original do autor.
O poema voa sozinho, e vive por si, à revelia da concepção autoral, que cada um compreende a seu modo.
Entre a musa inspiradora e a criação poética, movem-se momentos inspiradores e inesquecíveis, bem como poemas em que a metalinguagem se faz presente.
Assim, constata-se que a questão do poeta inspirado, torna um dos aspectos mais intrigantes a que os criadores são chamados a dar uma resposta.
Mas posso dizer que minha poesia é muitas vezes catártica.
Ele é capaz de provocar um envolvimento emocional por parte do leitor ao ponto de que haja uma identificação pessoal com o conteúdo do livro poema.