Junho, um dos meses mais aguardados do ano; época de festa junina em todo Brasil. Sinônimo de muita comida típica, tradição de anos que é lembrada e celebrada por todos. Depois de dois anos sem ser realizada, por causa da pandemia do covid-19, as comemorações voltaram com tudo em 2022. Porém outra coisa que voltou com tudo foi os preços dos itens para fazer as deliciosas comidas típicas.
Ir ao supermercado realizar as compras do dia-a-dia já estava assustando o consumidor, e depois de ver os preços de muitos produtos as pessoas estão cada vez mais. É o caso da Vendedora Bárbara Pereira, que foi pesquisar preços de alguns itens e acabou ficando revoltada com os valores. Ela conta que percebeu um aumento muito grande nos preços em relação ao ano passado e destacou que mesmo na compra de poucos itens, acaba pesando no bolso.
“Eu acho um absurdo de caro, ainda mais que as coisas estão difíceis pra todo mundo. Sem contar que a maioria dos itens são essenciais para fazer as comidas típicas”, disse Bárbara.
Dentre os itens, para a vendedora o amendoim usado tanto na canjica, como na confecção do pé de moleque; em especial subiu de valor consideravelmente, e na pesquisa feita viu que o grão chega a custar de $9,98 a $12,98 o preço.
Para o Antônio Silva que é apaixonado por cozinhar, a história também não é muito diferente. O professor diz antes ia ao supermercado e notou que os valores desses produtos estavam bem mais altos e chegava a ser compreensível porque durante a pandemia e nos primeiros meses deste ano vários produtos também sofreu aumento de preço; ele cita o milho e o amendoim, que teve um aumento muito expressivo.
Por ter um aumento de valor já neste ano, Antônio diz que agora em junho ao ir no supermercado se assustou bastante, ele destaca que:
“Não esperava que os valores desses produtos tivessem tão acima dos preços que estava o ano passado e no início deste ano. O tradicional amendoim por exemplo teve um reajuste de mais de 50%; é um ingrediente principal para vários pratos que a gente faz e custa mais de R$ 10,00”.
O professor acredita que a alta dos preços destes produtos e de outros se deu pela dificuldade na produção e também pelo aumento no preço da gasolina e do diesel que acabou tornando o transporte bem mais caro e estes reajustes são passados pro consumidor final.
Para o economista Aroldo Rodrigues esses itens assim como boa parte dos da cesta básica tiveram uma grande pressão de preços por aumento de custo, por isso o valor da produção teve grande alta. Insumos, sementes, fertilizantes também tiveram um aumento grande conta da baixa de fornecimento por causa da guerra da Ucrânia X Rússia, pois a segunda é uma grande fornecedora e com isso a quantidade diminui e o preço do produto final acaba aumentando.
“Outro ponto importante é o real desvalorizado frente ao dolár, ou seja, o dolár caro; e o Brasil é um grande agroexportador, somos responsáveis pela exportação de produtos agrícolas que são itens de alimentação. A partir do momento que o real está desvalorizado a frente do dólar, estes produtos ficam em promoção para o restante do mundo e a demanda aumenta, assim acaba faltando para o Brasil e os brasileiros pagam a conta”.
Preços dos itens
Em dois supermercados diferentes em Montes Claros o consumidor vai encontrar preços variados em alguns produtos para fazer estas comidas típicas;
No primeiro
- Óleo de cozinha: 9,98
- Milho de pipoca: 4,99
- Amendoim: 15,59
- Leite: 4,88
- Maçã:6,98
- Leite condensado: 5,48
- Canjica 2,60
No segundo:
- Óleo de Cozinha: 9,48
- Milho pra Pipoca: 3,95
- Amendoim: 12,45
- Leite: 4,79
- Maçã: 5,98
- Leite condensado: 5,49
- Canjica 2,48
Antônio lembra que as festas juninas para ele tem um valor muito significante pois trás lembranças do seu passado, e da sua família que também é muito importante.
“É um momento de festa de cores e sabores que não se experimenta em outra época do ano. E mesmo com a alta dos produtos é algo que deve ser valorizado, e comemorado. Para não deixar de celebrar um momento tão gostoso como as festas juninas o jeito é pesquisar”, destaca o professor.
