A dinheirama injetada nas prefeituras nos últimos três anos turbinou o caixa dos municípios. O Governo Federal adotou uma política de transferência de recursos da União para os entes federados, cumprindo o slogan: Mais Brasil, Menos Brasília, isso para fazer com que os serviços públicos cheguem de fato ao seu destino – o cidadão.
A medida, reduziu a ida de prefeitos à Brasília com pires na mão. E, de outro ponto de vista reduziu, também, o “turismo” de gestores à capital.
Para se ter ideia, de acordo com o Tesouro Nacional, o caixa dos municípios quase que dobrou, em 2021 é o melhor resultado desde 2001, quando teve início a contagem. E agora, neste ano, houve um aumento de aproximadamente 20%.
O saldo, porém, não é fruto de uma melhora na situação fiscal dos governos municipais provocada pelos gestores locais, mas sim, uma melhora vinda de transferências de recursos da União para os municípios, isto é, forças externas.
Com tanto dinheiro em caixa, prefeito que não estiver conseguindo atender as demandas históricas do seu município é bom rever o modelo adotado pelo seu governo.
Cláudio Antônio, prefeito por quarto vezes na cidade de São José da Lagoa Tapada- PB, enfatiza que nunca viu tantos repasses em uma gestão.
O argumento de crise financeira das instituições públicas, costumeiramente utilizado por maioria esmagadora dos gestores, não vai mais servir de abalizamento para ineficiência administrativa.