Não podemos mais aceitar que um político ou qualquer autoridade cometa crimes e, por estes, não sejam punidos, pois um crime merece a imediata reprimenda social e quando esta não vem, temos a impunidade como mote para cometimentos de outros num círculo vicioso, pernicioso e progressivo, em que a própria população inverte os valores.
Não raras às vezes, presenciamos partidários argumentar que o “seu” político, ao qual defende é corrupto; rouba, mas faz. Parece brincadeira isso, mas infelizmente não é. Pelo contrário, acontece com muita frequência e alguns ainda têm a “cara de pau” de falar claramente, sem a menor cerimônia.
O bordão “rouba, mas faz” ainda é aceito por muitas pessoas, como justificativa ao apoio à lideres corruptos, desonestos ou descomprometidos com a coisa pública.
A população precisa romper com esse quadro. Quando se defende tal situação o cidadão joga contra a sua própria sorte, ele abre mão de vários benefícios e, o pior, cultua valores nada favoráveis à família humana.
A pessoa que aceita o rouba, mas faz, prejudica a ela própria e à sua família também. O cidadão que defende o rouba, mas faz, pensando que está sendo favorecido, pode até não saber, mas está criando um monstro, comilão, preguiçoso, lento, caríssimo e voraz; capaz de fulminar o sonho no presente e também de gerações futuras de uma comunidade, de uma cidade, de um estado, de uma nação.
O rouba, mas faz é uma das piores injustiças do mundo.
E, como ensina Martin Luther King, “injustiça em um lugar é injustiça em todo lugar”. Portanto, não importa o tamanho, nem onde acontece o rouba, mas faz, ele destrói a família humana.