O cantor Gusttavo Lima usou o seu Instagram no final da noite dessa segunda-feira (30) para fazer um desabafo de mais de 20 minutos sobre as últimas notícias envolvendo o nome dele. Ele disse que tem sido “esculhambado” e “massacrado como se fosse bandido, como se fosse um ladrão que está roubando um dinheiro público”.
As críticas ao cantor se intensificaram nos últimos dias após vir à tona que a prefeitura de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, pagaria R$ 1,2 milhão por um show. No último sábado, o prefeito Zé Fernando (MDB) voltou atrás e cancelou a apresentação.
O artista disse não entender o motivo de ser perseguido e que não imaginava que ser bem sucedido no país traria “tanta inveja”.
No final da live, o Embaixador chegou a chorar e pediu para que rezem por ele. “Eu juro que estou cansado, eu estou a ponto de jogar a toalha e dizer (não completa a frase), mas desculpa de coração, de ter que falar sobre isso nesse canal que só foi feito por amor. Por dedicação, vocês sabem a dedicação que sempre tive na carreira, meu compromisso com todos meus fãs, é foda, muito triste ser esculhambado, tratado como bandido por tudo isso”, desabafou.
Gusttavo Lima disse por pelo menos quatro vezes que usa a voz para colocar a comida na mesa da sua família e da família de outros 500 funcionários. “Não compactuo com dinheiro público. Sobre shows de prefeitura, acho que todos artistas já fizeram ou fazem show de prefeitura, isso na minha forma de pensar é sobre valorizar a nossa arte. Se a única coisa que a gente tem pra vender é a nossa voz, a gente ganha dinheiro com isso, paga nossas contas com isso, coloca comida na nossa mesa através da nossa arte. Não só na minha mesa, mas de 500 funcionários que dependem do Gusttavo Lima para alimentar sua família, fora os indiretos. O último boteco em Brasília geraram mais de 22 mil empregos diretos e indiretos. Tudo que eu tenho foi ralado, foi trabalhado pra caramba, a minha vida é cantar, se eu tenho uma casa bora pra morar, saiu da minha garganta, se eu tenho um carro bom pra andar, saiu da minha garganta, se eu tenho barco, avião, qualquer tipo de coisa que a música e meus fãs me proporcionaram, tudo saiu da minha garganta com trabalho, suor, dedicação”, disse.
O cantor afirmou que ele tem um valor. E que “se ele cobra um, não é prefeitura que vai pagar meio”. “Todos nós temos conta pra pagar, seja pra prefeitura, para shows privados, faço pouquíssimos shows de prefeitura. Quando a gente ainda faz algum, é massacrado como se fosse bandido, como se fosse ladrão que está roubando dinheiro público. Sou trabalhador normal como qualquer prestador de serviço ao órgão público, coloco comida na mesa através do meu trabalho, independente se show privado ou público. Meu valor é um e não vai mudar. E isso gera tanta coisa negativa que entra em paranoia, não sabem o quanto isso tem me prejudicado emocionalmente na última semana. Queria que tivesse um pouco mais de sensibilidade, valorizar nosso trabalho, se for público ou privado, temos que viver disso. Não impeça a única coisa que eu tenho pra vender”, afirmou.
Bens patrimoniais
Gusttavo Lima também usou os mais de 20 minutos para rebater as notícias sobre os bens que ele tem, como avião, iate, carro de luxo e uma mansão em Goiás. “Trabalhei pra caramba pra construir a casa, paguei imposto certinho, me coloco à disposição de qualquer órgão para ver a veracidade. às vezes compro um avião, um instrumento de trabalho, é necessidade, não é luxo, não pode ter um avião legal? No Brasil ter as coisas é como se fosse um crime, comi abóbora com farinha na minha infância, passei tantas necessidades, tantos perrengues, minha mãe em situação que era, meu pai não tinha condição de dar brinquedo, nem infância tive direito, comecei a cantar com 9 anos, pulei a fase de guardar memórias. Se eu tenho isso ou aquilo, não é de dinheiro público, é de dinheiro suado e honesto. Não compactuo com coisas desonestas, repudio. Meu pai já falava faz o certo, o errado todo mundo já faz. É sobre isso. Temos quase 500 funcionários que de uma forma ou de outra dependem de mim e isso se traduz que a gente tem que trabalhar pra poder colocar o salário digno pra todas essas pessoas que nos doam seu tempo, a sua vida, deixam de estar com família para viver meu sonho e cuidar das minhas coisas. A gente não atrasa salário de ninguém, nunca imaginei que ser bem sucedido, do fel ao mel, que ser bem sucedido no Brasil traria tanta inveja, tanta coisa ruim. Dá vontade de sumir, desaparecer, pra ver se essa perseguição acaba”, disse.
[Com informações de O TEMPO]