Empresas interessadas em reduzir custos com energia podem participar da chamada pública do Programa Aliança 2.0, que visa aumentar os ganhos de eficiência energética nos processos de produção. A iniciativa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Eletrobras, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), e da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).
Ao todo, serão destinados R$ 20 milhões em quatro anos para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética em 24 indústrias energointensivas – ou seja, que precisam de uma grande oferta de energia para poder funcionar de forma adequada. As empresas selecionadas receberão, cada uma, um aporte de R$ 400 mil e precisarão oferecer uma contrapartida no mesmo valor. Além disso, assumem o compromisso de implementar um plano de ação acordado e construído junto com a equipe técnica do projeto.
Segundo o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, desde 2015, o Programa Aliança desenvolve projetos que tornam os processos industriais mais eficientes e conseguem reduzir significativamente o consumo e os gastos com energia. “E o Aliança 2.0 inova na seleção das empresas: é a primeira vez que será realizada uma chamada pública com o objetivo de expandir o atendimento a empresas de todas as regiões do Brasil”, complementa.
O Aliança 2.0, que está inserido nas ações do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), visa a atender 24 indústrias que fazem uso intensivo de energia em seus processos de produção. De 2022 a 2025, serão destinados a essas indústrias R$ 20 milhões para o desenvolvimento de projetos de eficiência energética .
Pelo programa, as empresas selecionadas receberão, cada uma, R$ 400 mil e precisarão oferecer uma contrapartida no mesmo valor. Além disso, as empresas terão que assumir o compromisso de implementar um plano de ação, construído junto com a equipe técnica do projeto, para tornar os processos industriais mais eficientes do ponto de vista energético.
Podem participar programa Aliança empresas de qualquer setor industrial com consumo mínimo de 10 megawats (MW) médio de potência (87.600 MWh/ano) ou quantidade equivalente em energia térmica (gases e combustíveis).
Segundo a CNI, na primeira fase do programa, foram atendidas 12 plantas industriais dos setores siderúrgico, químico, automobilístico e do cimento. A maioria dos projetos envolveu a otimização de processos, sem necessidade de troca de equipamentos.
“De um total de R$ 198 milhões em oportunidades de redução de consumo identificadas, 61% foram aprovadas e implementadas pelas empresas, gerando economia anual de R$ 122 milhões. Em termos energéticos, evitou-se o consumo de 176 GWh [o equivalente ao consumo mensal de quase 1,1 milhão de residências]”, informou a CNI.
As inscrições tiveram início em maio, e o edital do programa é em caráter de chamada permanente, ou seja, só será finalizado quando as 24 indústrias forem selecionadas. Para se inscrever no programa, basta acessar a página do Aliança 2.0
As empresas que participaram da primeira etapa poderão se candidatar novamente, desde que com plantas industriais que não tenham sido selecionadas na edição anterior.